terça-feira, 3 de julho de 2012

Trabalhos parlamentares de novo suspensos por falta de consenso

Bandeira da Guiné  - Bissau

Bissau - Os trabalhos da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau foram ontem (segunda-feira) novamente suspensos por  falta de consenso entre os principais partidos sobre a agenda. 

Após duas horas de espera, das 10H00 às 12H00 locais, o presidente em exercício do parlamento, Ibraima Sory Djaló, deu por suspensa a sessão que nem chegou a começar uma vez que os deputados das três principais bancadas pediram para concertar posições.  

"A concertação continua a decorrer e nós não temos ainda uma agenda definida sobre os pontos que vamos debater nesta sessão, decido suspender os trabalhos até terça-feira, às 10H00 locais", disse Sory Djaló. 

O impasse deve-se ao facto de o PAIGC (Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde), que estava no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril e principal partido no parlamento, exigir a eleição de um novo vice-presidente para a mesa do hemiciclo, situação que o PRS (Partido da Renovação Social, líder da oposição) rejeita. 

Os dois partidos não se entendem sobre a colocação deste ponto (eleição de um novo vice-presidente para a mesa do Parlamento) na agenda dos assuntos que devem ser analisados na sessão plenária, iniciada formalmente no dia 29 mas que ainda não debateu nada. 

Por iniciativa do PAIGC, disse à imprensa o deputado Lúcio Rodrigues, os três principais partidos no parlamento (PAIGC, PRS e PRID) reunirem-se hoje para "tentar alcançar um consenso". 

"Já fizemos três tentativas a nível da Comissão permanente, conferência de líderes parlamentares, reunião da mesa do parlamento e aqui na sessão plenária, sem sucesso. Ainda não conseguimos um consenso para a agenda dos trabalhos e é isso que estamos a tentar aqui nesta reunião", indicou o deputado do PAIGC. 

Com o golpe de Estado de 12 de Abril e a consequente passagem de Serifo Nhamadjo, então primeiro vice-presidente do parlamento para o cargo de Presidente da República de transição, Ibraima Sory Djaló, que era o segundo vice-presidente do hemiciclo, passou a liderar o parlamento guineense.

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