quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Devido à situação política - Fundo Mundial suspende apoios à Guiné-Bissau

Bissau - O Fundo Mundial anunciou a suspensão do seu apoio no que diz respeito ao combate à Sida, Malária e Tuberculose na Guiné-Bissau.

«Recebemos uma carta que invoca a chamada segurança adicional em que coloca o país, o que quer dizer passa diminuir o seu apoio em todas as actividades aprovadas anteriormente».


A informação foi confirmada esta terça-feira, 4 de Setembro, por Umaro Ba, diretor-geral de Prevenção e Promoção da Saúde.
«O Fundo Mundial invocou como motivo o risco em que se encontra o país devido à situação política, o que tem criado um impacto negativo para nós», disse Umaro Ba.


Apesar de indicar que se trata de uma situação que vem sendo débil em termos de desbloqueamento de fundos, este responsável informou que o golpe de Estado veio complicar ainda mais a situação.


«Se dentro de pouco tempo não conseguirmos medicamentos para o tratamento dos doentes com sida vamos entrar em ruptura porque certos medicamento já estão a faltar. Temos que criar uma nova fórmula para solucionar o problema», disse o responsável.


Perante estes factos, Umaro Ba sublinhou ainda que o problema da sida, tuberculose e Paludismo ainda continuam a constituir-se como agentes de riscos para a saúde em África, particularmente na Guiné-Bissau.


Em termos de saída para esta situação, Umaro Ba informou que o Fundo Mundial solicitou ao Governo da Guiné-Bissau no sentido de elaborar um programa de urgência, com vista a atenuar a propagação de epidemias no país.


«Estou convencido de que o Governo não vai ter capacidade para cobrir todas as necessidades, uma vez que se trata de valores na ordem dos milhões de euros».


Trata-se de uma situação que o diretor-geral de Prevenção e Promoção da Saúde considerou muito preocupante para a saúde pública dos guineenses.


«Estamos preocupados porque estão abertas as janelas para factores de multi-resistência e adaptação dos vírus ao medicamento, em escalas que não podemos determinar», advertiu Umaro Ba.


Recorde-se a União Europeia é o principal financiador do programa do Fundo Mundial, estimado em mais de 60 milhões de dólares, verba disponibilizada de forma faseada.

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