terça-feira, 9 de outubro de 2012

Larva denominada «Nynphula sp» ataca cultivo de arroz em Bambadinca

Bissau - Os agricultores de Sector de Bambadinca, região de Bafatá, leste da Guiné-Bissau estão confrontados com um ataque de uma larva denominada «Nynphula sp», nos seus cultivos de arroz.

A situação acontece há já alguns meses, nesta zona leste do país, colocando assim em causa a presente campanha agrícola.


Contactada, Zinha Correia, responsável do Departamento de Entomologia da Direção de Serviço de Proteção Vegetal, que se encontra na cidade de Gabu no âmbito de uma acção de formação sobre a utilização de GPS e cartografia, disse que a situação é preocupante, tendo em conta o nível dos estragos que o ataque já provocou em várias bolanhas de Bambadinca.


«Os danos causados devem-se às lagartas da Nynphula sp, que cortam as pontas das folhas de plantas jovens, já no início do perfilhamento, ficando como se fossem cortadas por uma tesoura», disse ela.


Num total de nove povoações afectadas e 432 hectares tratados e desinfetadas, a tabanca de Nhabidjon é, neste momento, a área mais atingida com a praga de Nynphula sp.


Com o objetivo de controlar as larvas e a origem da Nynphula no cultivo de arroz, tanto como ainda nos viveiros através do tratamento químico, uma equipa de Direção de Serviço de Proteção Vegetal do Ministério da Agricultura e Pesca deslocou-se, no final de Agosto, às bolanhas afectadas por ataques de Nynphula sp.


Além dos danos visíveis, as lagartas alimentam-se do tecido das folhas, raspando-o no sentido longitudinal, deixando somente a epiderme inferior e as nervuras, dando um aspecto esbranquiçado à lavoura», explicaram técnicos do Ministério da Agricultura e Pescas.


Neste sentido, segundo ainda Zinha Correia, a forma principal de sintomas do ataque de Nynphula são as manchas brancas deixadas nas folhas e as pontas das plantas cortadas, a flutuarem nas águas.

De acordo ainda com esta responsável, a referida lagarta pertence à ordem de chamada Lepidoptera, família de Pyralidae e género de Nynphula.


Como recomendação, os técnicos do Ministério da Agricultura que estiveram em missão de trabalho no sector de Bambadinca, solicitaram


o aumento do número de pessoas enquadradas para lidarem com a situação, assim como os dias de tratamento.


A deslocação de um técnico para reparação de materiais para a próxima campanha agrícola e a disponibilidade do produto antes no início da campanha para tratamento dos viveiros de arroz foram, de entre outras, recomendações feitas ao Governo de Transição através do Ministério da Agricultura e Pescas face a esta situação de praga.


A  conjuntura é idêntica nas outras regiões da Guiné-Bissau, nomeadamente nas regiões de Bafatá, Quinara e Tombali, e Oio da Guiné-Bissau.


A acções com vista a estancar a vaga de larvas de Nynphula sp continua a ser desenvolvida pelos técnicos de serviço Nacional de Proteção Vegetal.

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