domingo, 21 de outubro de 2012

Seis mortos em tiroteio num quartel da Guiné-Bissau (EM ATUALIZAÇÃO)

estemunhas ouvidas esta manhã pela AFP deram conta de uma troca de tiros num quartel de uma unidade de elite do Exército da Guiné-Bissau, os "Boinas Vermelhas", a qual fica situada junto ao aeroporto de Bissau.A agência noticiosa francesa fala em pelo menosseis mortos.

O tiroteio terá demorado uma hora e eclodiu, alegadamente, quando um grupo de homens armados tomou de assalto o quartel militar às 04.00 (03.00 em Lisboa). O assalto terá falhado e os homens puseram-se em fuga, disseram as mesmas testemunhas que foram ouvidas pela AFP em Bissau.

Não é certo, para já, qual o número total de vítimas, mas a AFP avança com pelo menos seis mortos, entre os quais cinco são os assaltantes. A sexta vítima mortal é um dos guardas que estava à porta do quartel, tendo sido morto pelo alegado líder do grupo de atacantes, que segundo a AFP será o capitão Pansau N'Tchama.

O jornalista desta agência noticiosa francesa diz que, apesar de a tensão andar no ar nas imediações da caserna militar atacada, a situação parecia estar calma hoje de manhã na capital guineense.

Não foi avançada ainda qualquer informação oficial sobre a origem e motivações dos assaltantes, mas, lembra a AFP, a recente promoção de alguns militares suscitou a cólera dos que não foram promovidos, segundo observadores atentos da realidade guineense.

Palco de uma forte instabilidade polític e plataforma para o narcotráfico, a Guiné-Bissau teve o seu último golpe de Estado a 12 de abril deste ano, quando foram depostos o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente interino Raimundo Pereira entre as duas voltas das eleições presidenciais.

Serifo Namadjo, um dissidente do PAIGC, é o atual Presidente de transição da Guiné-Bissau e nomeou primeiro-ministro Rui Duarte de Barros. Embora essa transição seja reconhecida pela Comunidade Económica de Países da África Ocidental (CEDEAO), o mesmo não acontece com a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).Portugal, membro da CPLP e membro não pernanente do Conselho de Segurança da ONU, condenou, aliás, este golpe, junto das Nações Unidas e promoveu a aplicação se sanções contra os golpistas.

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