quinta-feira, 9 de maio de 2013

Greve mantém-se por falta de consenso entre professores e governo

Bissau - Uma reunião realizada terça-feira entre sindicatos dos professores e o governo da Guiné-Bissau foi inconclusiva e a greve no sector da Educação vai manter-se, disse à Lusa um responsável sindical.


Os professores do ensino público da Guiné-Bissau iniciaram terça-feira uma greve de 30 dias úteis, cujo término vai coincidir com o final do ano lectivo. Caso a greve seja cumprida na totalidade o ano lectivo deverá ser considerado inválido, visto que esta é a terceira greve dos professores neste ano, que levaram a muitos dias de aulas perdidos.


O governo e os sindicatos reuniram-se terça-feira mas segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), Luís Nancassa, a reunião foi inconclusiva porque "os que representaram o governo não tinham nada para oferecer, foram lá só para apelar ao bom senso dos sindicatos".

Os sindicatos reivindicam o pagamento de oito meses de salários em atraso de professores que são novos ingressos e professores que estiveram doentes, e sete meses de atraso para professores em processo de efectivação, entre outras exigências.


Questionado sobre a possibilidade de o ano lectivo ser considerado nulo, o sindicalista disse à Lusa que a responsabilidade "é de quem deve sanear a situação".

"O governo tem de pagar aos professores que deram aulas. Ninguém aguenta trabalhar oito meses sem ganhar", disse o sindicalista, que ainda assim admitiu flexibilidade nas reuniões com o governo.
Para hoje (quarta-feira) está marcada mais uma reunião entre sindicatos e governo.

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