terça-feira, 4 de junho de 2013

Comissão Executiva do PRS responsabiliza Rui Barros pela «postura unilateral»

Bissau - A Comissão Executiva do Partido da Renovação Social (PRS), responsabilizou o Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, pelo que considera «pouco sentido de Estado», manifestado por uma «postura unilateral».

A acusação do PRS surgiu numa nota de imprensa, datada de 30 de Maio, assinada pelo Presidente do partido, Alberto Mbunhé Nambeia.


A postura do PRS deve-se à carta endereçada pelo Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, à Direcção Superior do partido, com o propósito de obter uma reacção sobre as pastas ministeriais atribuídas ao PRS, no quadro da projectada remodelação governamental em curso.


«A Comissão Executiva, além de discordar totalmente da proposta do Primeiro-ministro, lembra que a metodologia de repartição contida na proposta, agora apresentada, não tem minimamente em conta o Memorando de Entendimento assinado entre o PRS e o PAIGC, na presença da Comunidade Internacional, que não só o apoiou como ainda se congratulou com a referida iniciativa», lê-se no comunicado do PRS.

O partido informou ainda que não poupará esforços no sentido de viabilizar o retorno à normalidade constitucional, apelando à Comunidade Internacional para continuar atenta às manobras, que classificou como «obscuras que manifestamente não estão a velar pelos superiores interesses da nação guineense nesta remodelação governamental».


Aos deputados da bancada do PRS e do PAIGC, a Comissão Executiva do PRS reafirmou o apoio à postura responsável dos dois grupos parlamentares, na adopção de importantes instrumentos jurídicos de transição, nomeadamente o Pacto de Transição, o Roteiro de Transição e o Acordo de Princípios, demonstrando assim a sua maturidade política ao respeitar o compromisso obtido nos encontros passados.


O PRS exortou as entidades responsáveis pela transição a continuarem a negociar com o PRS e o PAIGC, os signatários do memorando de entendimento, a fim de se conseguir uma solução digna na constituição de um Governo remodelado de inclusão e de base alargada.


A terminar, a Comissão Executiva do partido reafirmou a sua total firmeza na prossecução da salvaguarda dos legítimos interesses da nação guineense.


De referir que, recentemente, as duas formações políticas assinaram, em Bissau, um memorando de entendimento sobre a formação de um novo Governo de inclusão. No entanto, o modelo de distribuição das pastas não foi observado pelo Chefe do Governo de transição, que, na passada semana, propôs novas formas de distribuição das pastas ministeriais, medida que não foi bem aceite pelo PRS e pelo PAIGC.

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