sábado, 3 de agosto de 2013

Ministra cabo-verdiana admite falhas em processo de extradição de guineense

Cidade da Praia - A ministra da Administração Interna (MAI) cabo-verdiana, Marisa Morais, admitiu que pode ter havido "eventuais falhas" no processo de deportação de uma cidadã guineense, a quem foi aplicada a pena acessória de expulsão do país. 

Dois agentes do Serviço de Fronteiras da Polícia Nacional de Cabo Verde foram detidos no passado dia 12 pelos Serviços de Informações e Segurança da Guiné-Bissau, quando iam regressar a Cabo Verde depois de acompanhar a cidadão guineense, expulsa do país. 

Em entrevista quinta-feira à Rádio de Cabo Verde, Marisa Morais afirmou que foi mandado instaurar um inquérito ao processo de extradição, que já foi concluído.

Entretanto, não avançou o conteúdo do relatório, alegando que o mesmo lhe foi entregue no final da tarde desta quarta-feira, pelo que ainda está a analisá-lo.
O inquérito foi instaurado à Inspecção Geral de Segurança Interna, um serviço recentemente instalado no MAI, no dia 15 de Julho, ou seja, três dias depois da detenção dos agentes da Polícia Nacional em Bissau. 

Marisa Morais reconheceu que o processo de extradição não foi comunicado com antecedência às autoridades da Guiné-Bissau. 

"Não houve a informação que devia ter existido, não só através das Polícias, mas também através dos Negócios Estrangeiros. Temos que ver o quê que aconteceu e prevenir que situações futuras não voltem a acontecer", explicou. 

Para Marisa Morais, a libertação dos dois polícias nacionais é uma vitória da diplomacia cabo-verdiana, mas também do campo judicial.
"Tivemos uma assistência jurídica competente e guerreira que não se poupou a esforços desde a primeira hora, levando a água ao seu moinho", assinalou Marisa Morais, que destacou o papel do ministro cabo- verdiano das Relações Exteriores, Jorge Borges, neste processo. 

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