sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ramos-Horta adverte autoridades de transição sobre prazos do período eleitoral

«Não creio que a data esteja comprometida»

Bissau - O Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse que muitos dos prazos não foram cumpridos pelas autoridades de transição, como o período de formação do Governo de inclusão e a definição do modelo de recenseamento eleitoral, razão pela qual não se pode esperar pela perfeição do processo em curso no país.

José Ramos-Horta falou, à margem do jantar que ofereceu, esta terça-feira, 30 de Julho, na sua residência em Bissau, ao Comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, que está em vista de trabalho ao país.


O Representante Especial sublinhou que não acredita que a data das eleições esteja comprometida: «Não creio que, nesta situação, a data esteja comprometida. O Governo deveria ter sido formado desde Maio e o sistema biométrico já devia ter sido posto de lado, para se avançar com o processo», referiu Ramos-Horta.


Em relação ao período de sete dias anunciado na semana passada, o antigo Presidente timorense disse esperar que, até esta quinta-feira, 1 de Agosto, seja anunciado o modelo de recenseamento do sistema manual avançado.


«O Presidente de transição deu o prazo de uma semana, que está a terminar. Espero que, até hoje, seja tomada a decisão, com um recenseamento manual avançado», disse o responsável da ONU.


No que concerne à visita do Comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste ao país, Ramos-Horta disse não querer interferir no assunto entre os dois Governos, sublinhando que todo o esforço internacional com vista a ultrapassar a crise que a Guiné-Bissau atravessa é bem-vindo, pelo que o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) apoia os esforços.


Sobre a situação social da Guiné-Bissau, o ex-Chefe de Estado timorense apelou aos cidadãos para que não desistam da dádiva que lhes concedeu, um país onde não há vandalismo, violência inter-bairros e crimes étnicos. O assunto esteve no centro da conversa entre Ramos-Horta e os seus conterrâneos em missão de trabalho na Guiné-Bissau.

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