quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Rui Barros reconhece efeitos graves das sanções contra a Guiné-Bissau «Medida aprofunda a crise no país»

Bissau – O Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, reconheceu, segunda-feira, 7 de Outubro, que a manutenção das sanções contra a Guiné-Bissau por parte da comunidade internacional produz efeitos colaterais gravosos no tecido social e económico, aprofundando a crise que se vive no país.

Falando durante o jantar oferecido ao Primeiro-ministro de Timor-Leste, em Bissau, Rui Barros destacou a recente intervenção do Presidente timorense Taur Matan Ruak sobre a Guiné-Bissau, proferida na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
«A manutenção destas (sanções) atinge de uma forma gravosa o tecido social e económico, aprofundando a crise que se vive no país», reconheceu o Primeiro-ministro de transição.


Rui Barros disse ainda que a agenda do seu Executivo está focada na realização das eleições Gerais, solicitando a assistência da comunidade internacional: «A nossa agenda consiste na realização das eleições, com apoio da comunidade internacional, apesar de reconhecermos que se trata de um acto de soberania», frisou.


A questão da reforma do aparelho do Estado guineense, a campanha da castanha de caju e a situação das greves na função pública foram outros aspectos abordados durante encontro.
Na ocasião, Xanana Gusmão apelou aos guineenses para que quebrem o bloqueio internacional imposto ao país, através das suas acções. Para este efeito, o Chefe do Governo timorense convidou a classe política e a sociedade civil para um encontro, esta terça-feira, num dos hotéis da capital, com o fim de se determinar que o «amanhã começa hoje».


«Vamos enviar o convite para todos, para tomarmos parte neste encontro, com o fim de dizer que o ontem passou e o amanhã começa hoje», reiterou Xanana Gusmão, informando que se encontra no país para perceber os guineenses.


A concluir, o Chefe do Executivo de Timor-Leste falou da necessidade de desenvolvimento da Guiné-Bissau. Contudo, reconheceu tratar-se de um processo difícil, que vai muito além da luta armada de libertação nacional.

Sem comentários:

Enviar um comentário