sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PAIGC Partido no poder na Guiné-Bissau prepara atividades para assinalar "setembro vitorioso"

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder na Guiné-Bissau, está a preparar uma série de iniciativas políticas para assinalar o mês de "setembro vitorioso", disse hoje à Lusa Abel da Silva, secretário nacional do partido.

Partido no poder na Guiné-Bissau prepara atividades para assinalar setembro vitorioso


"O mês de setembro é altura em que o PAIGC costuma manifestar as suas glórias e conquistas, daí o nome setembro vitorioso", explicou Abel da Silva, adiantando que as atividades políticas serão iniciadas no dia 02 de setembro para decorrerem até ao dia 23.

Jornadas de reflexão sobre o legado político de Amílcar Cabral ('pai' das nacionalidades guineense e cabo-verdiana) vão marcar as celebrações do mês de setembro, indicou Abel da Silva, acrescentando que os encontros terão carater cientifico.

A reflexão visará "cimentar a unidade e coesão interna" do PAIGC, disse Abel da Silva, sempre na perspetiva de "engrandecer Amílcar Cabral".

"Como se sabe Cabral era um revolucionário pedagogo", enfatizou o secretário nacional do PAIGC.

De concreto o partido no governo na Guiné-Bissau vai comemorar o 41º ano da transladação dos restos mortais de Amílcar Cabral, morto em Conacri para Bissau, 90º aniversário de nascimento do histórico dirigente guineense (12 de setembro), 40 anos da fundação da Juventude Amílcar Cabral (JAAC, organização juvenil do partido) e 58º aniversário da criação do próprio partido (19 de setembro).

12 de setembro marca também o dia da nacionalidade guineense, referiu Abel da Silva.

As atividades do partido terminam a 23 de setembro para permitir ao Estado celebrar o 24 de setembro, dia da independência da Guiné-Bissau.

O PAIGC está a preparar uma lista de "personalidades e partidos amigos" que serão convidados para assistirem as celebrações do "setembro vitorioso", indicou Abel da Silva, admitindo a vinda de pessoas de países de língua oficial portuguesa.

Lusa

Acordo de pesca entre a UE e Guiné Bissau reactivo

A comissária europeia das Pescas, Maria Damanaki, e o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, acordaram reativar o acordo de pesca assinado em 2012, que não foi aplicado devido aos problemas políticos no país africano. pesca-barcos-grande

A Comissão Europeia informou hoje que Damanaki se reuniu com o novo chefe do Governo guineense, Domingos Simões Pereira, que tomou posse no início do mês, após eleições que representaram "um passo importante para restabelecer a ordem constitucional" no país.

O acordo de pesca entre a União Europeia (UE) e a Guiné-Bissau não chegou a entrar em vigor devido aos problemas resultantes de um golpe de Estado no país lusófono, em abril de 2012.

Ébola : Oito pessoas vindas da Guiné-Conacri estão em quarentena no hospital regional da cidade guineense de Gabu

Oito pessoas vindas da Guiné-Conacri estão em quarentena no hospital regional da cidade guineense de Gabu, disse hoje à Lusa uma fonte sanitária, indicando que não apresentam nenhum sinal de terem contraído o vírus do Ébola.


Gabú, Guiné-Bissau
O vírus do Ébola ainda não chegou a Guiné-Bissau mas as autoridades têm estado a tomar uma série de medidas nos últimos dias nomeadamente o fecho de todos postos da fronteira terrestre com a Guiné-Conacri.

Fontes do Ministério da Administração Interna, que tutela a Guarda Fronteira, disseram à Lusa que "mesmo com o fecho oficial das fronteiras" tem havido entrada de pessoas oriundas da Guiné-Conacri "às escondidas" devido "a porosidade das fronteiras".

É nesse âmbito que oito pessoas teriam entrado em Gabu há seis dias atras tendo sido conduzidos para o hospital regional onde se encontram em quarentena durante 21 dias, período de incubação do vírus Ébola.

Tratam-se de seis homens e duas mulheres, que se encontram divididos em dois quartos do hospital e sob vigilância há seis dias, disse uma fonte no local, que garantiu que os mesmos não apresentaram nenhum sinal da doença.

"Por precaução médica têm que aqui ficar durante 21 dias", observou a fonte do hospital regional de Gabú, localidade conhecida por ser a da maior aglomeração de pessoas oriundas da vizinha Guiné-Conacri, que dista escassos 67 quilómetros.

A entrada clandestina de cidadãos da Guiné-Conacri na Guiné-Bissau, sobretudo nos bairros da capital, está a preocupar os guineenses.

Silvério Té, presidente da Associação de Moradores do Bairro de Reno, manifestou-se publicamente contra o facto de "algumas pessoas" vindas da Guiné-Conacri entrarem no país sem terem passado pela vigilância medica.

No bairro de Cupelão de Cima, os jovens estão a procurar por um homem que chegou terça-feira da Guiné-Conacri mas que hoje teria fugido da casa onde morava por suspeitar da intenção dos moradores em levá-lo à força ao hospital. RSM

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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Conselho de Segurança da ONU aplaude avanços na Guiné-Bissau

Órgão realçou, em reunião realizada na terça-feira, o papel desempenhado pelos guineenses com o apoio da comunidade internacional, da ONU e do bloco regional.

Nova Iorque - Nova Iorque - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, esta terça-feira, uma sessão à porta fechada para debater a situação política na Guiné-Bissau. Falando a jornalistas após o encontro, o embaixador britânico junto das Nações Unidas, que assume a presidência rotativa do órgão, disse que o ponto-chave foram os elogios aos progressos alcançados pela população.

Segundo reportou a Rádio ONU, Mark Lyall Grant disse que o desempenho também resulta do apoio dado aos guineenses pela comunidade internacional, pelas Nações Unidas e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao).

O embaixador afirmou ter havido uma saudação muito vigorosa de todos os intervenientes pelos progressos feitos pelos guineenses.

Grant recordou que, há dois anos, o país teve duas delegações em sua representação na Assembleia Geral. O diplomata realçou que atualmente a realidade é diferente. Este ano, a Guiné-Bissau elegeu o presidente e o primeiro-ministro nas primeiras eleições democráticas realizadas desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

Fonte :  Rádio ONU

Organização "Afectos com Letras" prepara nova ajuda para a Guiné-Bissau

A organização não-governamental "Afectos com Letras" está a iniciar os preparativos para o envio de um novo contentor de ajuda humanitária para a Guiné-Bissau, para ser distribuída na quadra natalícia.

Até 15 de outubro, a organização promove, no âmbito da XIV Missão Solidária, a recolha de bens, entre alimentos e material médico hospitalar, sendo o local de entrega Pombal, cidade onde está sediada a associação.

Enlatados, massas, arroz, bolachas, leite e chocolate em pó, açúcar, farinha, óleo alimentar e água são os alimentos não perecíveis que a "Afectos com Letras" -- Associação para o Desenvolvimento pela Formação, Saúde e Educação está a solicitar.

Agência Lusa

CPCS aprova Orçamento Geral do Estado estimado em 106 mil milhões de Francos

Guiné-Bissau: Bissau – O Conselho Permanente da Concertação Social (CPCS), órgão triparti Dário integrado por membros de Governo, representantes dos trabalhadores e os sindicatos, aprovou esta terça-feira, 26 de Agosto, o Orçamento Geral do Estado para 2014.

O Orçamento Geral do Estado para 2014 ficou estimado em cerca de 106 mil milhões de Francos Cfa (161.596 euros), estando em falta 50 mil milhões de Francos Cfa, (76.224 euros).

Em declarações à imprensa o ministro da Função Pública guineense, Admiro Nelson Belo, afirmou que um Governo legítimo tem que ter um orçamento aprovado pelas instâncias competentes, sem isso não pode funcionar e, consequentemente, não vai conseguir o apoio almejado da comunidade internacional para fazer a cobertura do valor em falta.

O titular da Função Pública reconheceu ainda que as receitas internas do país não vão conseguir fazer face às despesas do Estado, determinando assim este fosso financeiro de 50 mil milhões de francos Cfa.

O orçamento apreciado e aprovado pelo CPCS vai seguir para discussão e aprovação no Conselho de Ministros e, posteriormente, para aprovação na Assembleia Nacional Popular (ANP).

Governo lança campanha nacional de limpeza e desinfecção em todo território nacional

Bissau – O Governo da Guiné-Bissau anunciou terça-feira, 26 de Agosto, o início de uma jornada de limpeza em todo território nacional, intitulada «Campanha Nacional de Limpeza e Desinfecção».

A decisão consta de um comunicado do Governo de Domingos Simões Pereira, tornado público depois de uma reunião presidida pelo ministro da Administração Interna, Botche Candé, em substituição do Primeiro-ministro, que está ausente do país.

Com início marcado para 30 de Agosto, o Executivo indica que a referida campanha vai abranger todas as regiões, sectores, secções e tabancas da Guiné-Bissau.

«Fixar o dia 30 de Agosto como a data inaugural da campanha de Limpeza e desinfecção, devendo iniciar-se pelas 7.30 horas, com a entoação simultânea do hino nacional em todas as localidades, e fim previsto para as 17.30 horas, com um processo de lavagem e desinfecção das mãos dos participantes», lê-se no comunicado.

A comissão de trabalho vai ser presidida pela ministra da Saúde, Valentina Mendes, tendo como vice-Presidente Abu Camará, Secretário de Estado da Administração e Ordenamento do Território, a qual integram ainda outros sete membros do Governo.

São ainda referidos os órgãos de soberania, nomeadamente o Presidente da República, o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Primeiro-ministro, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e de Contas, bem como todas as franjas da sociedade guineense, no sentido de se envolverem nesta campanha.

O comunicado do Governo termina apelando igualmente às entidades internacionais com sede no país, para que apoiem a iniciativa que visa melhorar as condições de higiene e sanitárias, na luta global contra o ébola e outras epidemias na Guiné-Bissau.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Prémio Anzisha para jovens empreendedores, no valor de 75 mil dólares, divulga os finalistas de 2014

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COMUNICADO DE IMPRENSA

Prémio Anzisha para jovens empreendedores, no valor de 75 mil dólares, divulga os finalistas de 2014

O Prémio Anzisha é uma parceria entre a African Leadership Academy e a The MasterCard Foundation

JOHANNESBURG, South-Africa, August 26, 2014/ -- A African Leadership Academy e a The MasterCard Foundation estão muito felizes por terem, pela primeira vez, finalistas do Prémio Anzisha originários do Togo e Costa do Marfim (http://www.anzishaprize.org), o que revela um forte crescimento do empreendedorismo jovem na África Ocidental. Cinco jovens mulheres estão entre os 12 finalistas que poderão conquistar o prémio no valor de 75 mil dólares que irá ser atribuído no dia 23 de Setembro de 2014 e que viajarão para Joanesburgo vindos da República Democrática do Congo, Quénia, Gana, África do Sul e Nigéria.

 

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O prémio Anzisha “vasculha” todo o continente africano em busca de jovens empreendedores com idades compreendidas entre os 15 e os 22 anos, que tenham identificado oportunidades para melhorar as suas comunidades e que o tenham feito de forma inclusiva. Os finalistas deste ano iniciaram os seus empreendimentos num vasto leque de sectores económicos, incluindo energia, cuidados de saúde, turismo e hotelaria e restauração.

Sam Kodo (Togo), 22 anos, começou a criar robôs aos 8 anos de idade e gere actualmente uma empresa de hardware de TI que monta computadores de baixo custo e os vende a estudantes. Tem 6 funcionários e tenciona expandir a sua actividade para o restante território do Togo e países vizinhos. Gabriel Kombassere (Costa do Marfim), 17 anos, gere uma associação agrícola cujo objectivo é erradicar a pobreza na sua comunidade. Anualmente, Gabriel produz milho e mandioca para alimentar os 30 membros da associação e as suas respectivas famílias.

“2014 tem sido um ano emocionante para a equipa de pesquisa do Prémio Anzisha. Criámos parcerias com importantes organizações locais, permitindo-lhes desempenhar um papel fundamental na divulgação do Prémio Anzisha nos seus países. Tal deu origem não só a um conjunto mais sólido de candidaturas, como também a mais candidatas femininas do que nunca”, afirmou Chi Achebe, Directora de Programas, Prémio Anzisha.

“Estamos muito entusiasmados por ver um grupo tão talentoso de jovens inovadores e empreendedores juntar-se à comunidade de participantes do prémio Anzisha”, afirmou Deepali Khanna, Director de Youth Learning na The MasterCard Foundation. “Este prémio pan-africano tem registado um enorme sucesso nos últimos quatro anos e está a inspirar jovens empreendedores por toda a África a criar os seus próprios negócios ou empreendimentos de inovação social.”

Encontrando-se no seu quarto ano de existência, o Prémio Anzisha recebeu 339 candidaturas este ano, provenientes de 32 países, para este que é o maior prémio para jovens empreendedores de África.

Os finalistas de 2014 são:

-       Benedicte Mundele, 20 anos, República Democrática do Congo. Fundadora da Surprise Tropical, uma cantina com produtos orgânicos locais para promover um estilo de vida saudável na sua comunidade.

-       Gabriel Kombassere, 17 anos, Costa do Marfim. Fundador da Rible Neda, uma associação agrícola que produz 20 sacos de milho e 1 carregamento de mandioca por ano para alimentar os membros da associação e as suas famílias.

-       Noah Walakira, 21 anos, Uganda. Fundador da Namirembe Sweater Makers, uma organização com base na comunidade que fornece camisolas de uniformes escolares a mais de 40 escolas em todo o país.

-       Nteff Alain, 22 anos, Camarões. Fundador do projecto Gifted Mom, uma plataforma de conteúdos electrónicos para mulheres grávidas para combater a elevada taxa de mortalidade materno-infantil.

-       Winifred Selby, 19 anos, Gana. Fundadora da Ghana Bamboo Bikes Initiative, uma tecnologia de produção de bicicletas em bambu que visa produzir bicicletas multiusos acessíveis e indicadas para o terreno ganês.

-       Tom Osborn, 18 anos, Quénia. Fundador da Greenchar, um projecto de energia limpa que produz briquetes de carvão e fogões a carvão sem fumo por todo o território queniano.

-       Martha Chumo, 19 anos, Quénia. Fundadora da Nairobi Developer School, uma instituição que proporciona conhecimentos e competências de programação a jovens para a criação de soluções sustentáveis através da utilização da tecnologia.

-       Chineye Okoro Onu, 19 anos, Gana. Fundadora do projecto Mosaicpiration, uma iniciativa que utiliza material reciclado para criar arte e influenciar as competências de empreendedorismo nos jovens através de formação e programas de orientação.

-       Chukwuwezam Obanor, 22 anos, Nigéria. Fundador da Prepclass, uma plataforma online que fornece conteúdo para estudo (testes antigos, respostas, etc.) para escolas nigerianas locais como preparação para os exames nacionais.

-       Thato Kgatlhanye, 21 anos, África do Sul. Fundadora da Repurpose Schoolbags, uma iniciativa que cria mochilas escolares feitas a partir de sacos de compras de plástico reciclados que integram tecnologia solar e que se carregam durante o dia, transformando-se em luz para os estudantes poderem estudar durante a noite.

-       Jeffrey Mulaudzi, 22 anos, África do Sul. Fundador da Mulaudzi Bicycle Tours, uma empresa de excursões no subúrbio de Alexandra que envolve os membros da comunidade ao contar as suas histórias e fá-los participar no negócio, criando assim uma transformação a nível socioeconómico.

-       Sam Kodo, 22 anos, Togo. Fundador da LC-COM (Low cost-Computer)/Infinite Loop, uma empresa que fabrica computadores pessoais de baixo custo para estudantes.

O Prémio Anzisha é uma parceria entre a African Leadership Academy e a The MasterCard Foundation. Os nossos 12 finalistas irão viajar até Joanesburgo, África do Sul, para participarem na Semana Anzisha 2014 que irá decorrer de 18 a 25 de Setembro, onde um júri de vários sectores da esfera do empreendedorismo se irá reunir para seleccionar os vencedores do grande prémio. Os finalistas irão receber formação na célebre faculdade de Liderança Empresarial da African Leadership Academy e contactar com líderes da indústria, mentores e também com agentes de mudança de todo o continente africano.

A equipa do Prémio Anzisha está a realizar uma campanha nas redes sociais na qual os elementos do público podem apoiar os jovens empresários e partilhar palavras de apoio e encorajamento para o seu percurso Anzisha. Para mais informações sobre o Prémio Anzisha e a campanha nas redes sociais, visite:

 Website: http://www.anzishaprize.org

 Facebook: http://www.facebook.com/anzishaprize

 Twitter: @anzishaprize

Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da Anzisha Prize.

Comunidade islâmica guineense preocupada com mulheres que se cobrem totalmente com véu

Resultado de imagem para BurcaO vice-presidente do Conselho Nacional Islâmico da Guiné-Bissau, Alanso Faty afirmou hoje ter informado ao presidente guineense da "crescente preocupação" dos muçulmanos do país com as mulheres que se cobrem de véu "da cabeça aos pés".

O presidente guineense, José Mário Vaz, recebeu hoje em audiência uma delegação de líderes do Conselho Nacional Islâmico e Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos que lhe foram apresentar cumprimentos pela sua investidura.

Em declarações aos jornalistas, Alanso Faty, que falou em nome das duas associações, disse terem transmitido ao chefe de Estado guineense a "crescente preocupação" da comunidade islâmica do país com o que diz serem "fenómenos novos" na Guiné-Bissau.

"Falamos deste fenómeno novo no nosso país que é as mulheres muçulmanas se taparem com roupa preta. É uma prática que não existia na Guiné-Bissau", observou o vice-presidente do Conselho Nacional Islâmico.

Nos últimos anos na Guiné-Bissau é normal encontrar nas ruas mulheres tapadas com roupa preta de cabeça aos pés. Segundo a liderança islamica guineense são mulheres oriundas da Guiné-Conacri.

Alanso Faty reconheceu existir "muita mistura" na Guiné-Bissau ultimamente, mas afirmou que a comunidade islamica não pretende ver no país situações que têm ocorrido noutros países de Africa.

"Agora há muita mistura neste país. Há gente de todas as proveniências. Há coisas boas e há também coisas más. Vimos o que se passa noutros países, coisas condenáveis, por exemplo, no Mali e na Somália, não queremos que essas coisas cheguem ao nosso país", sublinhou Faty.

O responsável destacou não ser da competência dos líderes associativos se pronunciarem sobre o fenómeno, mas disse que têm alertado as autoridades sobre os perigos que representa para a segurança do país.

"Não temos competência (enquanto associação) para proibir essas práticas, mas é um assunto que nos preocupa porque temos vindo a abordá-lo nas nossas reflexões", acrescentou Alanso Faty.

O porta-voz da comunidade islamica no encontro com o presidente guineense adiantou terem abordado também com José Mário Vaz a "problemática" da obtenção da documentação da Guiné-Bissau por cidadãos estrangeiros.

"Dissemos ao Presidente que estamos preocupados com a forma como alguns estrangeiros conseguem adquirir o Bilhete de Identidade da Guiné-Bissau. Chegam aqui de manhã, até ao meio dia já têm o Bilhete de Identidade ou Passaporte do nosso país", observou Faty.

José Mario Vaz prometeu analisar as duas preocupações com as entidades competentes ao nível do Estado guineense, salientou Alanso Faty.

SUSPENSAS COBRANÇAS QUE INCIDEM SOBRE PRODUTOS NACIONAIS

Bissau, O Ministro da administração Interna, Botche Candé comunicou no ultimo fim de semana aos populares do Sul a decisão do governo de suspender as cobranças que são feitas, em diferentes postos de controlo, aos pequenos comerciantes que adquirem produtos no interior do pais para os revender em Bissau ou noutras cidades do pais.

Falando aos populares de Catio, da Região de Tombali, Sul da Guiné, o ministro defendeu que os referidos comerciantes têm o direito der circular livremente no pais e revender produtos que são produzidos localmente para o sustento familiar.

Galinhas, peixes e vários produtos agrícolas produzidos localmente são submetidos à pagamentos de taxas, muitas vezes de proveniência duvidosa, havendo muitas queixas de populares contra essas práticas.

Populares queixam-se de que as cobranças ora são feitas por agentes das finanças ora por agentes de segurança em postos de controlo instalados em diferentes localidades do pais.

O ministro Botche Candé Integrou a delegação interministerial que se deslocou às regiões fronteiriça do Leste e Sul para constatar o cumprimento das medidas de prevenção contra Ébola tomadas no quadro de um Programa de Emergência Sanitária adoptado pelo Governo.

A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo no passado fim-de-semana uma operação contra a rede de roubo da corrente eléctrica pública distribuída pela Empresa da Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB).

A operação desencadeada pela brigada de roubo daquela corporação policial em colaboração com o departamento da fiscalização da EAGB, decorreu em diferentes localidades da cidade de Bissau, designadamente Mercado de Bandim, Belém, Santa Luzia e Caracol.


A operação, de acordo com as informações apuradas pelo nosso jornal, visa acabar com o roubo da corrente eléctrica pública praticado por alguns indivíduos. As mesmas informações indicam que esses indivíduos vendem a corrente da EAGB aos seus clientes num preço muito superior ao praticado pela empresa pública guineense.

O Democrata soube ainda que os autores de roubo detidos pela PJ vendem a corrente eléctrica entre 800 a 1000 francos CFA (equivalente a 1,2 e 1,5 euros) por cada kilowatt, enquanto que a EAGB vende um kilowatt por 80 francos CFA. PJ deteve seis indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em roubos, dos quais três foram aprisionados no mercado do Bandim, um em Santa Luzia, e dois outros no bairro de Belém e Caracol, de acordo as mesmas informações.

Fonte:odemocratagb.com

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

'A Batalha de Tabatô' Filme de João Viana chega à Guiné-Bissau em setembro

O filme "A Batalha de Tabatô", do realizador português João Viana, vai estrear-se na Guiné-Bissau, onde foi rodado, no dia 10 de setembro, estando previstas exibições por todo o país.


O filme, premiado no festival de Berlim e que já foi exibido em certames de cinema de todo o mundo, vai chegar à aldeia de Tabatô a 10 de setembro, data em que, no ano de 1974, Portugal, ex-potência colonizadora, reconheceu a independência do país, proclamada unilateralmente a 24 de setembro de 1973.

De acordo com o comunicado divulgado pela agência de comunicação Central de Informação, o acontecimento da estreia, num país onde é praticamente impossível ver cinema em sala, será patrocinado por Gabinete da Presidência da República da Guiné-Bissau, Instituto Português do Cinema e do Audiovisual, Fundação Calouste Gulbenkian e WFK (Organização Alemã para a Paz Mundial).

O filme será mostrado depois, ao longo de duas semanas, em nove cidades da Guiné (Bafatá, Gabu, Buba, Catió, Bolama, Mansoa, Bissorã, Farim, Cacheu e Canchungo), até chegar à capital, Bissau, a 24 de setembro, exatamente o dia em que a independência foi unilateralmente declarada pelo país africano.

João Viana, que nunca tinha estado antes na Guiné-Bissau, decidiu ir conhecer Tabatô, uma aldeia de músicos mandingas. Em entrevista à Lusa, quando "A batalha de Tabatô" foi mostrado pela primeira vez, no IndieLisboa 2013, o realizador classificou-o como "um filme de descolonização mental".

O filme, com duas versões (longa e curta), já teve estreia comercial em quatro países europeus, incluindo Portugal, e até final do ano chegará a Hungria, Croácia, México, Índia e Indonésia.

Longa e curta metragens tiveram estreia mundial no festival de cinema de Berlim em 2013, tendo sido galardoadas, respetivamente, com a Menção Especial do Júri para o Melhor Primeiro Filme e com o DAAD Short Film Award.

Nascido em Angola, em 1966, João Viana é autor das curtas "Alfama", que competiu em Clermont-Ferrand, e "A piscina", selecionada para Veneza, além do vídeo "A verdade inventada", sobre Manoel de Oliveira.

Vírus : Guineenses doam sangue como prevenção do Ébola

A ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, disse hoje à Agência Lusa que os militares do país "estão orientados" no sentido de doarem sangue aos hospitais públicos no âmbito da prevenção do vírus do ébola.


Bissau, 25 ago (Lusa) - A ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, disse hoje à Agência Lusa que os militares do país "estão orientados" no sentido de doarem sangue aos hospitais públicos no âmbito da prevenção do vírus do ébola.

A ministra falou à Lusa para proceder a um balanço de um périplo que realizou no último fim-de-semana com dois outros ministros (Saúde e Administração Interna) às zonas das fronteiras da Guiné-Bissau com a Guiné-Conacri para constatar se as medidas preconizadas pelo Governo guineense estão a ser cumpridas.

Como forma de evitar que o vírus do Ébola entre na Guiné-Bissau, o Governo decidiu na semana passada encerrar todos os postos de fronteira com a Guiné-Conacri, país onde a doença já causou várias vítimas mortais.

Além de doação de sangue - que já foi feita também pelos membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira - os militares guineenses também "estão sensibilizados" para ações de "higiene pessoal".

"Lavar as mãos com água, sabão e lixivia. É isso que estão a praticar em todas as unidades militares", explicou a ministra da Defesa, adiantando que o próprio Estado-Maior General das Forças Armadas tem orientações no sentido de ordenar a limpeza geral em todas as unidades.

Sobre a medida decretada pelo Governo de encerrar as fronteiras com a Guiné-Conacri, Cadi Seidi diz que tem sido respeitada e que os militares estão prontos para "prestar ajuda" aos elementos da Guarda Nacional, afetos ao Ministério da Administração Interna, em caso de necessidade.

É a Guarda Nacional que vigia as fronteiras guineenses.


45 guineenses detidos em Espanha por tentativa de imigração ilegal

Quarenta  e cinco cidadãos da Guiné-Bissau estão detidos na cidade espanhola de Melilla, suspeitos de tentativa de imigração ilegal no território espanhol, noticia a Agencia Noticiosa da Guiné (ANG), citando um jornalista guineense no local.


De acordo com o jornalista, os clandestinos foram apanhados no domingo quando tentavam entrar em Espanha, encontrando-se no centro de acolhimento de imigrantes ilegais em Melilla, integrados num grupo de 800 africanos.

Os clandestinos foram aliciados por uma rede de imigração ilegal que os levou da Guiné-Bissau para o Senegal e de lá para a Mauritânia e mais tarde para Marrocos de onde seguem, de barco, para Melilla, contou ainda o jornalista.

Na viagem ainda passaram pela Líbia, onde alguns clandestinos teriam sido presos durante sete meses, contou um dos guineenses agora apanhados em Melilla.

Alguns morreram durante a travessia do deserto entre a Mauritânia e Marrocos devido a desidratação, contaram os clandestinos.

Os guineenses terão explicado às autoridades espanholas sobre a existência de uma rede de angariação de imigrantes clandestinos, que cobra entre um a dois milhões de francos CFA (entre 1.500 e 3.000 euros) para a viagem de Africa até Espanha.

O jornalista relatou que os clandestinos denunciaram ainda perante as autoridades espanholas situações em que as mulheres foram obrigadas "pelos traficantes" a se prostituírem.

O grupo, incluindo os 45 guineenses, aguarda pela decisão das autoridades espanholas, contou ainda o jornalista citado pela ANG.


domingo, 24 de agosto de 2014

Assaltado gabinete do coordenador da reforma da Função Pública da Guiné-Bissau

O gabinete do diretor da Unidade de Coordenação da reforma da Função Pública da Guiné-Bissau, José Braima Dafé, foi assaltado tendo sido levado um computador e dois monitores, disse hoje à Lusa fonte do ministério.

O assalto, que já está a ser investigado pela Policia Judiciária, aconteceu na noite de quinta-feira com os assaltantes a levarem um computador portátil de uso pessoal de Braima Dafé e dois monitores afetos ao seu gabinete, acrescentou a fonte.

"Esta é a quarta vez que ladrões fazem assaltos ao ministério [da Função Pública e Reforma do Estado] desde que iniciamos, em 2010, o processo de identificação de funcionários fantasmas", adiantou a fonte do gabinete do ministro da Função Pública.

Agência Lusa


sábado, 23 de agosto de 2014

Abastecimento de Eletricidade : Guiné-Bissau precisa de 100 milhões para instalar linha de alta tensão

Bissau : Lusa. A Guiné-Bissau necessita de 100 milhões de euros, para construir 219 quilómetros de linha de alta tensão, para transportar para o país a eletricidade que será produzida a partir do próximo ano na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri.

Guiné-Bissau precisa de 100 milhões para instalar linha de alta tensão


A informação foi hoje avançada à imprensa por Inussa Baldé, diretor-geral dos Recursos Hídricos do Ministério dos Recursos Naturais e ponto focal na Guiné-Bissau da Organização para o Aproveitamento do Rio Gâmbia (OMVG, em sigla francesa).

Vários peritos e elementos das localidades guineenses onde está previsto passar a linha de alta tensão estão hoje reunidos em Bissau para avaliar o impacto da construção nas zonas de Bafatá, Saltinho, Bambadinca, Mansoa, Farim e Bissau.

Inussa Baldé afirmou que até outubro será lançado o concurso internacional para a construção dos 219 quilómetros de linha de transporte de energia já que em agosto de 2015 a primeira turbina da barragem de Kaleta entrará em funcionamento.

"Além da linha que traz energia, o país terá que ter postos de acolhimento e redistribuição da corrente elétrica", observou Baldé, acrescentando que a União Europeia e o Banco Mundial estão dispostos a apoiar a iniciativa.

Em pleno funcionamento, a barragem de Kaleta irá produzir cerca de 900 Gigawatts/hora/ano.

A partir de agosto de 2015, com uma turbina, estarão já disponíveis 200 megawatts de potência instalada, a ser consumida nos quatro países da OMVG (Guiné-Bissau, Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri).

Antes do final do próximo ano será iniciado o projeto de construção da segunda barragem no quadro da OMVG em Sambangalou (no Senegal), adiantou Inussa Baldé, explicando que com as duas infraestruturas em funcionamento e com os cabos de interconexão ligados, a Guiné-Bissau terá 40 por cento das suas necessidades energéticas resolvidas.

De acordo com o responsável, a energia a ser produzida pelas duas barragens "é limpa, por ser hidroelétrica", ao contrário da que agora é produzida a partir de combustíveis fosseis - o que, disse, irá permitir a Guiné-Bissau poupar 13 biliões de francos CFA/ano utilizados na compra do gasóleo e derivados.

Inussa Baldé enalteceu igualmente o facto de a energia a ser produzida ser também mais barata, por custar apenas 327,68 francos CFA (0,5 euro) por cada quilowatt.

A Empresa de Eletricidade e Agua da Guiné-Bissau (EAGB) cobra 380 francos CFA (0,58 euro) por quilowatt de energia.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Presidente do parlamento guineense anuncia conferência nacional da reconciliação

Bissau - O Parlamento da Guiné-Bissau está a preparar uma conferência nacional da reconciliação que deverá acontecer, o mais tardar, no primeiro trimestre de 2015, anunciou o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, citado pela Lusa.

"Está a avançar a preparação de uma conferência nacional da reconciliação sob a tutela do parlamento guineense e com o alto patrocínio do Presidente da República [José Mário Vaz]", referiu aquele dirigente na Gâmbia, citado pelos órgãos de comunicação social do país.  

A declaração foi feita na quarta-feira durante um discurso no parlamento gambiano, no âmbito de uma visita oficial de dois dias, iniciada na terça-feira.

"Queremos que essa conferência aconteça este ano ou, o mais tardar, durante os primeiros três meses de 2015", acrescentou, ao mesmo tempo que disse contar com o "forte apoio" do parlamento da Gâmbia, que será convidado para o evento. 

"Paz, estabilidade política e institucional continuam a representar para nós, guineenses, um grande desafio político e moral. Nós não vamos abrandar nos nossos esforços pela consolidação da paz, que ainda treme,

e pelo fortalecimento das instituições públicas, que estão muito fracas", referiu. 

O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira defendeu em Junho, em entrevista à Lusa, um "processo de diálogo a favor da reconciliação" em que o Governo é um entre vários intervenientes para arrumar de vez o passado de instabilidade e violência entre políticos e militares.

Começar a discussão pela aprovação ou não de uma amnistia "é um mau ponto de partida: o final tem que ser a reconciliação e o ponto de partida é o diálogo. Se pelo meio tivermos que passar por amnistias ou outro tipo de mecanismos, que os interpretemos como mecanismos, não como condições, nem como objectivos", referiu.