terça-feira, 30 de setembro de 2014

Director-geral do GTAPE exonerado e Substituído por Alem Sanca

Bissau - O Director-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Cristiano Na Bitan, foi suspenso das suas funções, passando este lugar a ser ocupado por Alem Sanca, que antes do golpe de Estado de 12 de Abril desempenhava a função.


De acordo com o despacho do ministro da Administração Interna, datado de 26 de Setembro e assinado pelo seu titular Botche Candé, ficou ainda suspenso Papa Bidé Cambe Incanha, director-geral do departamento de Migração e Fronteiras, e Francisco Malam Ndur Djata, Inspector-geral do Ministério da Administração Interna.

Para os seus lugares foram chamados Lino Lopes, antigo Director-geral dos Serviços de Informação de Estado no período do Governo de Carlos Gomes Júnior, foi indicado para a Direcção de Migração e Fronteiras, e José António Marques para a função de Inspector-geral da instituição.

Os titulares do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Comissão Nacional para os Refugiados e Deslocados Internos, respectivamente Malam Djaura e Tibna Sambe Nawana, foram mantidos nos cargos.

Algumas novas direcções gerais foram instituídas, entre as quais a Direcção-geral de Logística e Património e a Direcção-geral de Assuntos Sociais, ocupadas agora por Mamadu Mutaro Djalo e Arafam Mane, respectivamente.

Ministro da Administração Interna quer "tolerância zero" para crimes violentos na Guiné-Bissau Bissau

O ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau, Botche Candé, prometeu "tolerância zero" no país face a crimes violentos, depois de um jovem ter sido alegadamente agredido até à morte por polícias num bairro de Bissau.

A posição foi tornada pública segunda-feira pelo porta-voz do ministério, Samuel Fernandes, após uma reunião entre o membro do Governo e os chefes das diferentes esquadras da capital. 

"Nada justifica o uso de meios inadequados na detenção daquele jovem e que resultou na sua morte" referiu Samuel Fernandes, citado pela Agência de Notícias da Guiné (ANG). 

De acordo com o porta-voz, o ministro apelou às forças policiais para "respeitarem os direitos cívicos dos cidadãos" e ao mesmo tempo pediu a colaboração da população na missão dos agentes de segurança. 

Face ao cenário actual, o governo pretende ainda promover acções de formação para os elementos de segurança, sobretudo no que respeita "à maneira de actuar", acrescentou. 

"Em qualquer circunstância, o uso da força deve ser proporcional a própria situação e à ameaça no terreno. Por isso, condeno veementemente o acto que aconteceu recentemente no bairro de São Paulo", sublinhou Samuel Fernandes.

Quatro agentes da Polícia de Ordem Pública (POP) estão detidos por suspeita de envolvimento na morte de um jovem guineense na noite de dia 19, no bairro de São Paulo. 

O caso foi denunciado na quinta-feira pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), referindo que as agressões ocorreram depois de a vítima questionar os agentes sobre a razão pela qual o estavam a deter.

Guiné-Bissau reavalia todos os contratos celebrados pelo Estado

Guiné-Bissau reavalia todos os contratos celebrados pelo EstadoO primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que o país está a reavaliar todos os contratos celebrados pelo estado.

Simões Pereira disse à agência Lusa que o executivo está a trabalhar num programa do contencioso, para o qual foi criada uma comissão interministerial, que visa trazer clareza aos contratos que envolvem o estado ou no qual o estado tem alguma participação.

"Estamos a identificar estes casos e, em alguns casos, vamos precisar de uma auditoria. No final, o que pretendemos é que todos os guineenses se revejam nos métodos e procedimentos da gestão da cousa pública", explicou o responsável.

O primeiro-ministro faz uma avaliação positiva dos primeiros meses de governo, admitindo, no entanto, que "a gravidade em relação a alguns domínios é, de facto, acentuada."

"Todos tínhamos conhecimento destas dificuldades e temos enfrentado os desafios com determinação", disse.

Para resolver estes problemas, o executivo guineense elaborou um programa de urgência, para os primeiros seis meses de governo, que está a ser implementado e atinge as áreas da agricultura, abertura do ano escolar, prevenção sanitária e atrasos salariais.

"Em dois meses e meio, conseguimos regularizar os atrasados de 2013 e 2014 e há indicações, por parte dos ministérios das finanças, de que ate ao final do ano devemos ter grande parte dos atrasados regularizados", garantiu Simões Pereira.

O primeiro-ministro diz que, neste domínio, "o grande desafio passa a ser o cumprimento das obrigações do estado, não só em matéria de salários, mas também de despesas primárias, resultante de um esforço interno e não, exclusivamente, do apoio internacional."

Simões Pereira lidera o primeiro governo eleito depois do golpe de estado militar de 2012, que deu origem a um executivo não reconhecido por grande parte da comunidade internacional, em particular pela CPLP.

Simões Pereira disse que o seu governo tem também um projeto a longo prazo, no qual, além do investimento nas infraestruturas, pretende focar-se na industrialização do país, tendo definido alguns produtos fundamentais: transformação da castanha do caju (a Guiné é um dos maiores produtores mundiais, mas não transforma o produto), pescas, turismo e agricultura (sobretudo produção de cereais).

Simões Pereira disse acreditar que "com estes valores será possível estruturar e alavancar a economia para chegar ao domínio mineiro com outro tipo de preparação."

Como exemplo para os destinos do país, o responsável usou o exemplo do Ruanda, uma nação sensivelmente do mesmo tamanho, com oito vezes mais habitantes, que considera "uma grande referência."

"É um país com circunstâncias semelhantes que, tendo passado por um genocídio, foi capaz de promover o consenso nacional e hoje tem indicadores que surpreendem o mundo", disse.

Para o final do seu mandato, o primeiro-ministro imagina "uma Guiné mais positiva, em que os guineenses acreditam que as suas condições de vida podem ser bastante melhores."

"É esta a Guiné-Bissau que, não só imagino e projeto, como para a qual convoco a participação de todos os guineenses", concluiu.

Sobe para 23 o número de mortes pelo rebentamento de mina na Guiné-Bissau

O número de vítimas mortais causado pelo rebentamento de uma mina antitanque usada na guerra da independência, na Guiné-Bissau, subiu para 23, disse hoje fonte governamental.


O engenho explosivo, com mais de 40 anos, terá sido ativado por uma viatura de transporte coletivo que na sexta-feira circulava entre Bissorã e Cheia, no interior do país. No Hospital Simão Mendes, em Bissau, permanecem 12 feridos, sete dos quais em estado grave, acrescentou a mesma fonte.

Uma comissão de investigação às causas do acidente liderada pela ministra da Justiça, Carmelita Pires, foi criada durante uma reunião extraordinária do conselho de ministros realizada no sábado.

No mesmo encontro foi ainda formada uma comissão de solidariedade para apoiar os familiares das vítimas, presidida pela ministra da Mulher, Família e Coesão Social, Bilony Nhassé.

O governo decretou dois dias de luto nacional na sequência do acidente, cumprindo-se hoje o segundo dia.

De acordo com residentes, uma outra mina foi desativada naquela zona em 2013.

Fonte governamental disse que o risco na área é conhecido, uma vez que é uma região onde o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) "atuou fortemente" durante a guerra colonial. Eventuais medidas para erradicar o problema serão discutidas depois de conhecido o relatório da comissão de inquérito,

Morreu Cláudia Sousa, a primatóloga que mostrou que os chimpanzés também acumulam capital

Deu grande destaque aos chimpanzés da Guiné-Bissau nas suas investigações no terreno. A cognição dos primatas não humanos e a sua conservação no habitat natural estavam entre as suas áreas de interesse.
A primatóloga portuguesa Cláudia Sousa, da Universidade Nova de Lisboa, morreu de cancro ontem  segunda-feira, aos 39 anos. A investigadora dedicou-se sobretudo ao estudo dos chimpanzés da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri, onde esteve várias vezes em expedições. O corpo encontra-se em câmara ardente na Igreja Matriz da Figueira da Foz e o funeral será esta terça-feira a partir das 15h30, seguindo para o cemitério de Buarcos.

Cláudia Sousa doutorou-se em 2003 na Universidade de Quioto, sob orientação de Tetsuro Matsuzawa, uma autoridade mundial em primatologia. A sua tese de doutoramento versava sobre a capacidade cognitiva de os chimpanzés acumularem capital ou, por outras palavras, de fazerem um mealheiro. Para tal, em experiências no Instituto de Investigação de Primatas da Universidade de Quioto, a investigadora deu aos chimpanzés tokens(objectos que têm um valor simbólico) para pedirem frutas em troca – e que eles guardavam e só trocavam por alimentos quando queriam.

Na sua tese de doutoramento Cláudia Sousa mostrou que o sistema dos tokensconstituía uma nova metodologia para avaliar as capacidades cognitivas dos chimpanzés. Em particular, observou “a emergência de um comportamento único – ‘economizar’”, lê-se no resumo da tese. Ou seja, compreendem e têm noção do valor simbólico de certos objectos.

Em Portugal, só há primatólogas e não preenchem os dedos de uma mão. Além de investigar o comportamento e as capacidades cognitivas dos chimpanzés e de outros primatas não humanos, Cláudia Sousa tinha ainda entre as suas preocupações a conservação destes primatas no habitat natural e a sua interacção com as populações humanas.

Mas a primatóloga também trocou muitas vezes o laboratório e as salas de aulas – era docente do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa desde 2001 – pelo trabalho de campo. Esteve por várias vezes na Guiné-Bissau para fazer o levantamento da distribuição dos chimpanzés no território, identificando a sua presença principalmente através de vestígios como ninhos, fezes e pêlos, e fazendo inquéritos às populações humanas para perceber por que razão eram caçados (concluindo-se que não era para serem comidos, mas para a venda como animais de estimação e, com esse dinheiro, comprarem-se objectos).

Quando ela e Catarina Casanova, outra primatóloga portuguesa que a acompanhou em 2006, na quarta visita à Guiné-Bissau, deram pela primeira vez de caras com chimpanzés no habitat natural, Cláudia Sousa descreveu-nos assim o encontro: “Já tínhamos vistos imensos chimpanzés bebés em casa das pessoas, mas na floresta, no habitat natural, nunca tínhamos visto. Ficámos emocionadas.”

Também foi à Guiné-Conacri inúmeras vezes, mais concretamente à estação de investigação de primatas na aldeia de Bossou, dirigida por Tetsuro Matsuzawa. Lá, Cláudia Sousa gravou, por exemplo, as vocalizações dos chimpanzés, para estudos sobre o que tentam comunicar. “Sabemos que identificam outros indivíduos pelo tom da voz, como nós”, disse-nos certa vez a primatóloga, acrescentando que também continuou a recolher dados sobre as esponjas que os chimpanzés constroem com folhas para beber água — “e a ver a transmissão desse conhecimento ao longo de gerações”.

Entre 2007 e 2011, Cláudia Sousa foi presidente da Associação Portuguesa de Primatologia. E antes, entre 2003 – quando nasceu a ideia da associação, durante a Primeira Conferência Internacional de Primatologia em Portugal – e 2007, foi a sua vice-presidente.

“Tive o privilégio de ela ter sido minha aluna há 20 anos, colega e amiga. Era uma investigadora e mulher fantástica, que deixa escola e seguidores – alunos que vão continuar o trabalho dela”, diz a antropóloga Eugénia Cunha, da Universidade de Coimbra, onde Cláudia Sousa fez a licenciatura e o mestrado.

“A professora Cláudia Sousa deixa-nos um testemunho importantíssimo de amor à ciência e entusiasmo pela investigação. Mesmo muito fragilizada pela doença, nunca parou de trabalhar com um entusiasmo contagiante e com projectos sempre novos”, refere por sua vez João Costa, director da FCSH, em comunicado. “A sua produção científica foi sempre notável, sendo este ano a vencedora do Prémio Santander de Internacionalização da Produção Científica, que será atribuído postumamente na Festa da FCSH.”

Guiné-Bissau manifesta apreço à comunidade internacional em discurso na UNU : Ver e Ouvir discurso do PM Domingos S.Pereira

Nova Iorque O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, manifestou apreço à comunidade internacional, pelo apoio ao processo de estabilização do país, quando discursava, ontem segunda-feira, na 69ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

NOVA IORQUE: PRIMEIRO MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU, DOMINGOS SIMÕES


Na sua intervenção, salientou que o apoio desta representou uma extraordinária contribuição na resolução do processo de transição política do país, daí os agradecimentos de todo o povo guineense.

Domingos Simões Pereira disse ainda que a sub-região foi incontornável na manutenção financeira para o funcionamento de todo aparelho de estado, factor determinante para que se chegasse ao ponto actual.

Disse que a sociedade guineense está esperançada em relação ao novo ciclo político e deu conta da vontade política das autoridades e profundo empenho no processo de consolidação da estabilidade, revitalização e reforço da capacidade do Estado, criação de premissas essenciais na prossecução e desígnios dos guineenses.

Para Domingos Simões Pereira, a condição de Estado institucionalmente frágil, pós-conflito e com parcos recursos financeiros, acrescida às consequências políticas, económicas, ambientais e sociais gravosas, colocam a Guiné-Bissau perante uma situação complexa e difícil para qual a assistência internacional é chamada a exercer um papel fundamental de estabilizador neste período pós-eleições.

Argumentou que isso visa reforçar a capacidade institucional do Estado, reduzir a pobreza e as vulnerabilidades das populações, garantir a estabilidade social, assegurar a legitimação social da governação e relançar a economia.

Vídeo: Discurso Primeiro Ministro

Discurso do primeiro-ministro da Guiné-Bissau durante a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Domingos Simões Pereira discursou na manhã desta segunda-feira, 29 de setembro.

Ver e ouvir: Discurso do PM Domingos Simões Pereira

Com Imagens da : TV ONU.

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ANP Parlamento da Guiné-Bissau aprova Orçamento Geral de Estado por unanimidade

A Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau aprovou por unanimidade, com 91 votos, o Orçamento Geral de Estado para o que resta de 2014, no valor de 120 mil milhões de francos CFA (183 milhões de euros).


Os deputados presentes da força maioritária, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e dos restantes partidos (também representados no governo) votaram a favor do único documento orientador das contas públicas para este ano.

O anterior governo de transição, que esteve em funções desde o golpe de Estado de 2012 até início de julho, não chegou a sujeitar qualquer orçamento à aprovação do parlamento.

O ministro das Finanças, Geraldo Martins, já tinha apelado aos deputados para aprovarem o documento e assim garantir o normal funcionamento das instituições, procurando credibilizar a atuação do executivo no país e no estrangeiro.

Confiante em inverter o atual cenário de informalidade e fuga ao fisco, Geraldo Martins prevê arrecadar 38 mil milhões de francos CFA (58 milhões de euros) em taxas tributárias e 20 mil milhões (30,5 milhões de euros) em receitas não tributárias - tais como o fundo da compensação das pescas.

O ministro das Finanças espera conseguir cobrir o défice a partir da ajuda externa, através de donativos, empréstimos e ajudas orçamentais.

É a segunda vez que um documento chave do executivo é aprovado por unanimidade na ANP: na última semana, o programa do governo liderado por Domingos Simões Pereira foi igualmente aprovado com o apoio de todos os deputados presentes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Lançamento do Observatório dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, financiado pela União Europeia.

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(NO ÍNDICE MO IBRAHIM DA BOA GOVERNAÇÃO) Guiné-Bissau foi um dos países que mais piorou

Cabo Verde em 3º lugar no Índice Ibrahim de Governação Africana A Guiné-Bissau foi um dos países que mais piorou desde nos últimos cinco anos no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana (IIGA) 2014, hoje publicado, caindo para grupo dos cinco piores entre os 52 países avaliados.

Desde 2009, a Guiné-Bissau já perdeu 6,8 pontos e cinco posições na tabela, somando atualmente apenas 33,2 pontos.

Além da falta de oportunidades económicas que oferece, a participação cívica é considerada muito baixa, bem como o funcionamento da lei.

A Guiné-Bissau recuou em todas as quatro categorias cujos critérios são usados para elaborar o índice: Segurança e Estado de Direito; Participação e Direitos Humanos; Oportunidade Económica Sustentável; e Desenvolvimento Humano.

O melhor entre os países lusófonos é Cabo Verde (2.º), à frente de São Tomé e Príncipe (12.º), Moçambique (22.º), Angola (44.º) e Guiné-Bissau (48.º).

O IIGA visa informar e ajudar os cidadãos, sociedade civil, parlamentos e governos africanos a medir o progresso, sendo produzido desde 2007 pela Fundação Mo Ibrahim, homónima do milionário sudanês e que foi criada em 2006.

Domingos Simões Pereira em entrevista à Rádio ONU sobre a mensagem que fará hoje à Assembleia Geral.

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Domingos Simões Pereira falou à Rádio ONU sobre sua mensagem à Assembleia Geral.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau deverá assumir a tribuna nesta segunda-feira para participar dos debates dos líderes internacionais.

Ex-secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, Domingos Simões Pereira chegou ao poder na Guiné em meados deste ano após a vitória de seu partido, Paigc, nas eleições gerais.

Em entrevista à Mônica Villela Grayley e Eleutério Guevane, o chefe de Governo guineense comentou várias iniciativas para promover establidade política e crescimento económico no país do oeste da África.

Simões Pereira também explicou as medidas que está tomando para proteger o país do ébola, o vírus que tem afetado a vizinha Guiné Conacri, além da Libéria e da Serra Leoa.

Ele finalizou dizendo que a Guiné-Bissau tem grande potencial ambiental para se tornar um destino turístico internacional, mas que precisa desenvolver-se ainda mais no setor.

Ao avaliar os resultados da Cimeira do Clima, realizada em 23 de setembro na ONU, o primeiro-ministro disse também que seu país deverá integrar as discussões sobre o tema nas reuniões de Lima, ainda este ano, e em Paris em 2015.

Duração: 25’23″

Nas Nações Unidas, Portugal pede apoio técnico e financeiro para Guiné-Bissau

Portugal defendeu nas Nações Unidas o apoio dos parceiros internacionais na capacitação técnica e assistência financeira à Guiné-Bissau, aproveitando o "virar de página" que representaram as eleições recentes naquele país lusófono.

Na sua intervenção na 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, saudou "a reposição da ordem constitucional, a realização de eleições livres e a tomada de posse de instituições democráticas legítimas, dois anos após o golpe de Estado de 2012, são uma nota de esperança".

Para o governante, está em causa um "efetivo 'virar de página' que deve ser aproveitado e apoiado".

"Os parceiros internacionais podem e devem desempenhar um papel determinante em áreas como a capacitação técnica e a assistência financeira, apoiando as prioridades indicadas pela Guiné-Bissau", defendeu o chefe da diplomacia portuguesa.

Portugal sugeriu ainda que "seria adequada" uma força de estabilização baseada na ECOMIB (missão militar internacional na Guiné-Bissau), "possivelmente alargada a novos parceiros africanos e mandatada pelas Nações Unidas".

No seu discurso, Rui Machete abordou um conjunto alargado de outros temas, nomeadamente o terrorismo.

"Os grupos terroristas, extremistas e radicais merecem o nosso mais veemente repúdio e condenação" e constituem uma ameaça não só para os Estados e para as populações dos territórios onde operam, mas também representam "para a paz, para a segurança e para a estabilidade regional e global", considerou, pedindo "respostas concertadas e firmes" da comunidade internacional.

Para Machete, "o autodesignado 'ISIS' [Estado Islâmico do Iraque e da Síria] constitui, na atualidade, o exemplo sinistro" de uma ação "criminosa e bárbara" e "deve ser combatido e neutralizado".

Ainda sobre o Médio Oriente, o ministro lamentou que tenham sido frustradas as expectativas de resolução do conflito israelo-palestiniano.

"Não haverá paz duradoura, nem estabilidade no Médio-Oriente, sem a resolução da questão da Palestina. Reitero o apoio do meu país a uma solução que, com base nas resoluções das Nações Unidas, consagre um Estado Palestiniano soberano, independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel, cujas legítimas aspirações de segurança têm de ser garantidas", declarou.

Sobre outros cenários de instabilidade, Rui Machete pediu a "todos os atores líbios empenho num diálogo nacional genuíno e frutuoso", enquanto apelou ao cumprimento integral do cessar-fogo na Ucrânia e incentivou a procura de uma "solução política que seja duradoura, num quadro que respeite a soberania, a integridade territorial, a unidade e a democracia" daquele país.

Quanto à ONU, o chefe da diplomacia portuguesa lamentou que a reforma do Conselho de Segurança continue por realizar, insistindo na necessidade de garantir "uma representatividade acrescida do mundo" atual - Portugal tem defendido a participação do Brasil e da Índia neste órgão.

Recordando que o português é falado por cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo, o governante reiterou a ambição de transformar o idioma numa língua oficial das Nações Unidas.

Na definição da nova agenda de desenvolvimento, pós-2015, é necessária uma "nova 'parceria mundial'", que defenda os direitos humanos e combata as desigualdades. Os conceitos-chave são "abordagem universal e responsabilidade", mantendo-se uma sensibilidade quanto às especificidades dos países menos avançados e mais vulneráveis, sustentou.

Rui Machete identificou como "ameaças de primeira grandeza" problemas como as alterações climáticas, os tráficos ilícitos, incluindo de armas, droga e de seres humanos, a pirataria e as pandemias.

Polícia confirma aumento do narcotráfico na Guiné-Bissau

O aviso foi feito pela polícia judiciária, que diz que o País está a ser usado como plataforma pelo narcotráfico colombiano


O número de pessoas a passar pela Guiné-Bissau como correio de droga está a aumentar, denunciou  o director nacional adjunto da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau.

Apesar de a PJ ter feito apenas dez apreensões desde o início do ano a pessoas que transportavam estupefacientes no aeroporto de Bissau, para Faustino Aires dos Reis, citado pela Lusa, as evidências apontam para uma tendência.

"Com a dificuldade de transporte de droga de outras partes do mundo para chegar ao destino real", em grandes quantidades e passando pela Guiné-Bissau, "aumentou a percentagem dos correios" que levam quantidades mais reduzidas, referiu.

Segundo explicou, o narcotráfico de grande escala está inibido devido à vigilância crescente, que envolve autoridades internacionais e ganhou mediatismo em 2013, com a detenção do antigo chefe da marinha guineense, Bubo na Tchuto, apanhado ao largo de Cabo Verde por uma brigada de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos.

O contra-almirante era considerado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos como o principal narcotraficante na Guiné-Bissau.

Em Abril de 2010, os EUA congelaram os bens de Bubo Na Tchuto e do chefe de Estado-Maior da Força Aérea da Guiné-Bissau, Ibrahima Papa Camará, por "desempenharem um papel significativo no tráfico de drogas".

"Se houvesse" grandes quantidades traficadas, a PJ já teria actuado, reforça Faustino Aires dos Reis.

"Nós estamos atentos, embora com imensas dificuldades" ao nível dos recursos disponíveis, reconheceu o director nacional adjunto.

A Polícia Judiciária mostrou hoje mais de um quilo de cocaína apreendida a três jovens que, na terça-feira passada, entraram no país pelo aeroporto de Bissau.

A droga estava enrolada em pequenos casulos de plástico: um dos suspeitos ingeriu 29, os outros dois traziam no corpo cerca de 80 cada um.

Também esta semana, uma outra pessoa foi detida com 27 quilos de liamba em plena capital, com a erva carregada em fardos também hoje exibidos.

O mesmo homem, oriundo do sul do país, para além de negociar liamba, levava cocaína para a área de residência.

Os três estão sujeitos a prisão preventiva, anunciou a PJ.

Já esta semana, o Ministério da Administração Interna (MAI) da Guiné-Bissau anunciou a detenção de uma pessoa e a apreensão de 47 quilos de liamba e viaturas pertencentes a uma rede de tráfico de droga que operava por terra.

Há meses que as autoridades norte-americanas de luta antidroga vêm advertindo que a guerrilha colombiana está envolvida no narcotráfico na Guiné-Bissau.

Estas acusações foram reiteradas recentemente por responsáveis norte-americanos durante uma audiência na Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado dos Estados Unidos.

Durante uma audiência sobre este tema, diversos peritos afirmaram haver a necessidade de os países europeus darem uma maior contribuição para o combate a esse tráfico.

Michael Braun, que até recentemente foi director de operações da Agência de Combate à Droga (DEA), disse que a Europa "está à beira de uma catástrofe de abuso e tráfico de drogas semelhante àquela que os Estados Unidos sofreram há 30 anos atrás".

Braun e outros peritos que compareceram perante a comissão disseram que a situação se deverá deteriorar.

Os riscos de traficar cocaína para Europa são agora menores do que para os Estados Unidos, os lucros maiores e a procura futura deverá aumentar, acrescentaram.

O actual chefe de operações da DEA, Thomas Harrigan, declarou que "traficantes colombianos e venezuelanos" estão "enraizados" na África ocidental e cultivaram relações de longo prazo com redes criminosas africanas para facilitar as suas actividades na região.

Com Agência Lusa

domingo, 28 de setembro de 2014

Dois dias de luto nacional após acidente com mina : De acordo com o balanço mais recente, o número de mortos ascende já a 22

O governo da Guiné-Bissau decretou dois dias de luto nacional, domingo e segunda-feira, em memória dos 22 mortos na explosão de um veículo de transporte coletivo que na sexta-feira terá passado sobre uma mina, disse hoje à Lusa fonte governamental.

Dois dias de luto nacional na Guiné-Bissau após acidente com mina

O acidente aconteceu a meio da tarde no caminho entre as povoações de Bissorã e Cheia, no interior do país.

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O executivo reuniu-se hoje em conselho de ministros extraordinário dedicado ao desastre e para além de decretar dois dias de luto nacional decidiu também criar uma comissão de inquérito, presidida pela ministra da Justiça, Carmelita Pires, para averiguar as causas do acidente.

Segundo a mesma fonte, o veículo ter-se-á desviado do caminho em terra batida por estar muito degradado, devido às chuvas, e ao tentar encontrar melhor piso ativou uma "mina antitanque reforçada".

O dispositivo deverá ter sido colocado há mais de 40 anos, durante a guerra pela independência, sendo a terceira vez que uma explosão deste género acontece naquela zona, referiu a mesma fonte.

Foi uma área em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) "atuou fortemente" durante o conflito, acrescentou.

Eventuais medidas para tratar o problema serão discutidas depois de conhecido o relatório da comissão de inquérito, cujo trabalho será feito "com urgência".

O executivo decidiu ainda criar uma comissão de solidariedade para apoiar os familiares das vítimas que será presidida pela ministra da Mulher, Família e Coesão Social, Bilony Nhassé.

Autoridades inspecionam local de acidente que matou 21 pessoas

O ministério da Administração Interna (MAI) da Guiné-Bissau vai enviar hoje uma equipa de averiguações para o local do acidente com uma viatura de transporte coletivo que na sexta-feira provocou 21 mortos, disse à Lusa o porta-voz ministerial.


A viatura explodiu aparentemente por ter ativado uma mina usada em operações militares que ficou esquecida junto a um caminho em terra batida entre as povoações de Bissorã e Cheia, referiu à Lusa o tenente-coronel Samuel Fernandes, porta-voz do MAI.

Uma equipa vai hoje para o local para averiguar o sucedido, sublinhou.

Estão contabilizados 21 mortos, disse hoje à Lusa a ministra da Saúde, Valentina Mendes, e diversos feridos continuam a ser tratados no Hospital Simão Mendes, em Bissau.

As vítimas eram quase todas da mesma família e iam participar em cerimónias fúnebres de um parente.

O condutor escapou praticamente ileso ao acidente e descreve o que se passou como "o rebentamento de uma mina", contou hoje à Lusa, Malam Sonco, residente em Bissorã e correspondente da Radiodifusão Nacional (RDN), emissora estatal guineense.

Malam recorda que, na mesma zona, em 2013, foi encontrada uma mina antitanque usada na guerra pela independência, há mais de 40 anos, removida por uma equipa de militares do batalhão de Mansoa (centro do país).

"Essa mina estava a uma distância de 100 metros [do local do acidente]. Afinal, tinha sobrado esta", comentou.

Ainda segundo aquele residente, apesar do sucedido e de os destroços da viatura continuarem no local, o caminho entre Bissorã e Cheia continua aberto ao trânsito.

sábado, 27 de setembro de 2014

Edição de 25 de setembro 2014/ do Jornal O Democrata já está disponível nas bancas. transmitimos a capa do jornal e a figura da semana.

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Liga Guineense dos Direitos Humanos acusa polícias de espancarem homem até à morte

Bissau, (Lusa) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) acusou  agentes da Polícia de Ordem Pública (POP) de Bissau de terem espancado um homem até à morte e de esconderem o corpo durante dois dias.

A denúncia foi feita num comunicado divulgado no passado  dia 25, através do qual a LGDH pede que o caso seja investigado pela Polícia Judiciária.

Os factos terão ocorrido na noite do último sábado quando a vítima foi abordada por agentes num restaurante no bairro de São Paulo, em Bissau.

Acidente com transporte coletivo, entre Bissorã e Cheia provoca Vinte e uma vitimas mortais

Um acidente com um veículo de transporte coletivo no interior da Guiné-Bissau provocou ontem vinte e uma vitimas mortais e vários feridos.

 

A viatura seguia num caminho degradado, de terra batida, entre Bissorã e Cheia, entre as 14:00 e as 15:00 de ontem, quando se deu uma explosão, que as autoridades suspeitam ter sido provocada por uma antiga mina usada em operações militares, referiu Djúlio Bjata, jornalista local da rádio Pindjiquiti.

Segundo referiu, a mina terá sido ativada quando o condutor se desviou do caminho para procurar um melhor piso para a viatura circular.

A maior parte dos passageiros eram da mesma família, disse a mesma fonte.

Os feridos e os corpos das vítimas foram transportados para o Hospital Simão Mendes, em Bissau, situado a mais de 100 quilómetros do local do acidente.

Polícia de Bissau detém dois suspeitos de matar bebé para vender o fígado

A polícia de Bissau anunciou hoje a detenção de dois homens suspeitos de terem matado uma criança de dois anos a quem extraíram o fígado para o venderem por cerca de três mil euros.

Os dois irmãos encontram-se detidos no centro penitenciário de Mansoa, disse o tenente-coronel Samuel Fernandes, porta-voz do Ministério da Administração Interna (MAI) guineense.

O caso remonta a 2013, mas a polícia só agora conseguiu descobrir os autores do crime, acrescentou Fernandes, explicando que o alegado "comprador do fígado" da criança ainda está a monte.

Agência Lusa

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ÉBOLA : Banco Mundial atribui 600 mil euros para Guiné-Bissau prevenir propagação

O Banco Mundial (BM) anunciou hoje a atribuição de um apoio de 600 mil euros à Guiné-Bissau para prevenir a propagação do vírus Ébola, anunciou a instituição em comunicado.

"Apesar de a Guiné-Bissau não ter registado nenhum caso de Ébola, o apoio responde aos pedidos do Governo para financiar atividades do Ministério da Saúde", nomeadamente nas áreas da informação pública e medidas sanitárias, referiu Philippe Auffret, encarregado do projeto.

As ações estão enquadradas no Programa de Urgência Sanitária anunciado a 12 de agosto pelo Governo guineense em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ordenados Guiné-Bissau promete pagar até ao final do ano salários atrasados

Os ordenados em atraso na função pública da Guiné-Bissau relativos a 2014 e 2013 vão ser pagos até final do ano, anunciou hoje o ministro das Finanças, que prometeu uma estratégia para os casos mais antigos, que remontam a 2000.

Guiné-Bissau promete pagar até ao final do ano salários atrasados

"O nosso objetivo é fecharmos o ano sem [vencimentos] atrasados de 2013 e 2014 e com uma pequena margem para efetuar despesa no início de 2015", referiu hoje Geraldo Martins, numa conferência de imprensa conjunta em Bissau com uma missão do Fundo Monetário Internacional.

Segundo o governante, está também a ser preparada uma estratégia para pagar vencimentos ainda mais antigos, desde o ano 2000.

O governo quer ainda rever a auditoria já feita sobre os ordenados em atraso entre 2000 e 2007 e verificar o que ficou por pagar depois disso, para também proceder a esses pagamentos.

"Quando tivermos os números em cima da mesa vamos adotar uma estratégia para resolver os atrasados mais antigos. Pode passar pela inclusão gradual [de uma verba] nos orçamentos de Estado dos próximos anos", explicou.

Os ordenados em atraso na função pública são um problema crónico na Guiné-Bissau que acarreta outros problemas: escolas que não funcionam ou serviços de saúde que não tratam doentes.

O novo governo promete impor disciplina fiscal, garantindo mais receitas de impostos para mudar o cenário de uma vez por todas.

O ministro das Finanças quer ainda dar prioridade a alguma da dívida externa.

Segundo referiu, há entidades que ainda não estão a desbloquear apoios para a Guiné-Bissau por causa de dívidas antigas que o novo governo quer resolver.

"Algumas instituições que estão a financiar projetos de desenvolvimento não estão neste momento a desembolsar precisamente porque há situações de dívida acumulada", explicou Geraldo Martins.

Liquidar as contas que estão por pagar "pode dar alento à economia", destacou.

Lusa

FMI empresta 4,1 milhões à Guiné-Bissau

FMI empresta 4,1 milhões à Guiné-Bissau O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai conceder um empréstimo de 4,1 milhões de euros à Guiné-Bissau para acudir a necessidades básicas urgentes do país, anunciou o chefe de missão, Felix Fischer.

O acordo foi alcançado durante a visita de uma delegação do FMI à Guiné-Bissau que começou a 15 de setembro e terminou hoje com elogios às medidas que estão a ser tomadas pelo novo governo - eleito em abril e empossado em julho.

O empréstimo deverá ser aprovado pelo conselho executivo do FMI em novembro e desembolsado de uma só vez na mesma altura através de um mecanismo destinado a países com baixas receitas fiscais, mas com necessidades urgentes.

O pagamento de salários, fornecimento de eletricidade e serviço de dívida estão entre as prioridades orçamentais do Estado guineense.

O FMI prevê depois regressar com nova comitiva à Guiné-Bissau em março ou abril de 2015 para discutir um programa de financiamento a três anos.

Felix Fischer saudou "o progresso recentemente alcançado no pagamento dos salários dos funcionários públicos", após vários meses de ordenados em atraso - que passam a ser processados por transferência bancária.

O chefe de missão enalteceu também "a intenção do governo de criar um comité de tesouraria" para vigiar e estabelecer prioridades de execução orçamental e aplaudiu as diretivas de disciplina fiscal, em que o executivo pretende garantir o máximo de receita para suportar a despesa.

Lusa

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe impedidos de votar na ONU

Cinco países, entre os quais a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estão impedidos de votar na 69.ª sessão anual da Assembleia-Geral da ONU por terem contribuições financeiras em atraso.

Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe impedidos de votar na ONU


A lista dos países em falta, completada por Somália, República Centro-Africana e Comores, bem como o texto do artigo 19 da Carta das Nações Unidas que consagra a norma, encontram-se no site da organização, cujo órgão plenário se encontra reunido em Nova Iorque até 30 de setembro.

"Nos termos do Artigo 19 da Carta, um estado-membro com atrasos no pagamento das suas obrigações num montante igual ou superior às contribuições dos dois anos anteriores pode perder o seu direito de voto na Assembleia-Geral", lê-se na página da internet.

Embora o mesmo texto preveja uma exceção ("Poderá ser autorizada uma exceção se o Estado-membro puder provar que circunstâncias fora do seu controlo contribuíram para a sua impossibilidade de pagar"), neste caso, a proibição de voto já foi decidida e comunicada ao presidente da Assembleia-Geral da ONU.

"A 09 de setembro de 2014, o secretário-geral informou o presidente da Assembleia-Geral de que os seguintes cinco Estados membros têm pagamentos em atraso, nos termos do Artigo 19 da Carta das Nações Unidas e, por isso, não têm direito de voto na Assembleia-Geral durante a sua 69.ª sessão: República Centro-Africana, Comores, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Somália", indica a organização.

Os dois países lusófonos têm sido palco de tensão interna nos últimos dois anos.

Na Guiné-Bissau, um golpe militar em 2012 colocou no poder um governo de transição, não reconhecido pela maior parte da comunidade internacional, um processo que só ficou concluído após eleições gerais, já este ano.

Em São Tomé e Príncipe, o partido que havia vencido as eleições foi afastado numa moção de censura parlamentar, extremando a tensão política entre as partes.

Lusa

Africa SME Champions Forum: Um encontro entre trezentas PME africanas terá lugar em Dacar nos dias 11 e 12 de novembro de 2014

A primeira plataforma de acesso direto aos financiamentos para as PME


DAKAR, Senegal, September 24 2014/ -- Dacar, a capital do Senegal, acolhe a primeira edição do Africa SME Champions Forum nos dias 11 e 12 de novembro de 2014   (http://www.africa-smechampions.com).

O gabinete de recrutamento especializado AfricSearch, o fundo de garantia African Guarantee Fund e o banco pan-africano Ecobank associam-se na organização deste primeiro fórum dedicado exclusivamente às PME africanas.

Trezentas PME de cinco regiões de África serão convidadas a participar neste fórum segundo critérios rigorosos: estarem oficialmente registadas em África, terem sido criadas legalmente há, pelo menos, três anos, terem um volume de negócios de, pelo menos, 1,5 milhões de dólares e possuírem um efetivo mínimo de 10 empregados. As PME são convidadas a apresentar a sua candidatura no sítio do fórum em www.africa-smechampions.com.

Para além destas trezentas PME, várias instituições de financiamento marcarão a sua presença, bem como peritos de alto nível e decisores políticos. “Este fórum será a primeira plataforma de acesso direto aos financiamentos para as PME”, declara Didier Acouetey, fundador do gabinete de recrutamento AfricSearch. Ao todo, cerca de 600 pessoas são aguardadas em Dacar.

As PME representam 90% das empresas privadas africanas, 33% do PIB do continente e estão na origem de 45% da criação de emprego. “As PME vascularizam a economia africana”, afirma Didier Acouetey. “Os campeões africanos estarão no centro da transformação do continente”, assegura Gervais Koffi Djondo, cofundador do grupo Ecobank.

O Africa SME Champions Forum incidirá sobre as soluções concretas para os numerosos desafios colocados aos líderes africanos. Master class, espaços de aconselhamento personalizados, reunindo peritos de alto nível e um programa de mentoring, irão permitir responder às suas expectativas. “A ideia é concentrar num mesmo lugar toda uma gama de ferramentas, redes e serviços dedicados às PME, dando-lhes a possibilidade, no seu regresso, de implementar os métodos partilhados pela comunidade do Africa SME Champions Forum”, explica Didier Acouetey.

Sendo igualmente tónica dominante do fórum, os Africa SME Champions Awards, patrocinados pelo African Guarantee Fund, virão recompensar os futuros campeões e as instituições financeiras de ponta no apoio às PME.

Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da Africa SME Champions Forum.

Acerca do AfricSearch

Criado em 1996, o AfricSearch é o primeiro gabinete especializado de recrutamento e de procura de profissionais e executivos talentosos em África. Marcando presença no continente com oito escritórios, conta com 40 consultores e propõe oferecer 500 vagas por ano. Trabalha para a criação de empresas campeãs africanas através dos fóruns, tais como o Africa South East Asia Business Forum ou o Africa SME Champions Forum. Organiza também feiras de recrutamento em Paris, Dacar e Abidjan.

SOURCE

Africa SME Champions Forum

Presidente defende aposta na agricultura no 41º aniversário da independência

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, elegeu hoje o desenvolvimento da agricultura como o principal desafio pelo qual os guineenses devem lutar, no dia em que celebram 41 anos da independência do país.

Guiné-Bissau defende aposta na agricultura no 41º aniversário da independência

Dirigindo-se aos deputados numa sessão comemorativa no parlamento, Vaz afirmou que, se no passado alguns guineenses pegaram em armas para acabar com a dominação colonial, hoje o desafio é desenvolver a agricultura e acabar com a insuficiência alimentar.

O cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses, deve ser o centro das atenções de todos os guineenses, defendeu José Mário Vaz.

Uma vez combatida a insuficiência alimentar, muitos problemas políticos serão debelados na sociedade guineenses, sublinhou.

"A instabilidade política não é a causa dos nossos problemas, é uma mera consequência dos nossos insucessos. A insuficiência alimentar também contribui significativamente para a instabilidade", destacou José Mário Vaz.

O Presidente guineense disse estar pronto "e na linha de frente" para desencadear um vasto programa de produção do arroz no país, tendo para o efeito convidado todos os guineenses, sobretudo os jovens.

No discurso de hoje, o Presidente disse que valeu a pena conquistar a independência, notando que o país tem hoje mais pontes, mais escolas, médicos, engenheiros e outros profissionais qualificados, ainda que tenha ficado muita coisa por fazer.

José Mário Vaz pediu aos guineenses para olharem para o futuro do país com confiança, projetar o futuro coletivo com ambição, mas evitando as fraturas de um passado por vezes sombrio, referiu.

O líder guineense disse ser necessário "abrir novos caminhos e encurtar a distância" que separa a Guiné-Bissau do resto do mundo.

Avisou que vai haver mudanças nas estruturas do poder do Estado, nas Forças Armadas, e que não visarão pessoas em concreto, mas sim dotar o país de meios para se desenvolver.

Vaz elegeu também a paz, a estabilização e o crescimento económico como os grandes desígnios nacionais.


Artigo de Luís Vicente de 29/10/2011 a alertar para esta situação e que urge ter em atenção.

Na sequência do discurso do S. Exa. Sr. Presidente da República, no passado dia 24 de Setembro, a alertar para a questão da agricultura e produção do arroz, gostaria de partilhar convosco um artigo que produzi em 29/10/2011 a alertar para esta situação e que urge ter em atenção.

 

Novo Responsável Pela Aviação Civil Em Bissau Ouviu Discurso De Recomendações

O novo governo da República da Guiné-Bissau nomeou no corrente mês de Setembro novos responsáveis para o Aeroporto de Bissau, portos e alfândegas do país, aos quais pediu “maior dinamismo e responsabilidade na gestão pública”.

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Filomeno Moreira foi empossado nas funções de presidente do Conselho de Administração da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau, em substituição de Nuno Nabian, candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais disputadas recentemente no País.

Durante a tomada de posse dos novos responsáveis, o secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira sublinhou que o contexto político, económico e social em que hoje vive a Guiné-Bissau “exige maior responsabilidade na gestão, maior eficácia na execução dos programas de desenvolvimento a curto, médio e longo prazo”.

Citado pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), Bernardo Vieira exortou os empossados a trabalharem para o cumprimento das metas traçadas pelo Governo e satisfação das aspirações da população guineense.

Em relação a Aviação Civil, o Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações disse esperar que os novos responsáveis sejam capazes de criar as condições para que a República da Guiné-Bissau possa ter um Código Aéreo.

“No que concerne ao Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o único que dispomos, deve servir de imagem positiva do País na medida em que é a primeira porta de entrada, devendo ser alvo de modernização que coaduna com os desígnios traçados ao nível do programa do governo”, afirmou Bernardo Vieira que adiante observou que o Aeroporto precisa de ser dotado de equipamentos modernos de segurança que alinhem pelos padrões internacionais e que fazem das chegadas e partidas momentos de conforto e de confiança.

Aos responsáveis dos Serviços de Assistência Aeroportuária, o secretário de Estado disse que a sua eficiência será fundamental para tornar o Aeroporto de Bissau viável.

Guiné-Bissau assinala 41 anos de independência com indulto a militares

José Mário Vaz disponibiliza-se para ajudar na reforma das Forças Armadas.

Há 41 anos, a Guiné-Bissau declarava unilateralmente a sua independência nacional, que viria a ser reconhecida um ano depois pelo Estado português, em Argel, após a queda do seu regime fascista.

Bissau, Guiné-Bissau


Hoje, os guineenses assinalaram a data com uma sessão especial no parlamento, presidida pelo chefe de Estado José Mário Vaz. 

Ao olhar para o passado político-militar que caracterizou a Guiné-Bissau nos últimos três anos, com acções subversivas, que resultou em mortes e detenções, o presidente da República aproveitou a ocasião para anunciar a libertação de todos os presos em conexão a esses casos, nomeadamente as ocorrências de 26 de Dezembro de 2011 e 21 de Outubro de 2012.

Em função disso, José Mário Vaz convidou todos os guineenses a denunciarem qualquer acto da injustiça, ao mesmo tempo que manifestou a sua total disponibilidade para colaborar para a necessária reforma do sector.

Enquanto isso, o presidente da Assembleia Nacional Popular Cipriano Cassamá referiu-se ao projecto de lei de amnistia para os actores do golpe militar de 12 de Abril de 2012. Uma legislação que deverá ser discutida na próxima sessão parlamentar. 

Paz, reconciliação, unidade nacional, desenvolvimento e espírito de trabalho foram os dominadores comuns nos discursos.

41º aniversário da independência da Guiné-Bissau, assinalada em Paris

Diáspora guineense reunidos na avenida Amílcar Cabral, em Paris, para assinalar o 41º aniversário da independência da Guiné-Bissau

Diáspora guineense reunidos na avenida Amílcar Cabral, em Paris, para assinalar o 41º aniversário da independência da Guiné-Bissau


Lígia ANJOS

Há 41 anos a Guiné-Bissau tornava-se um país independente e proclamava, de forma unilateral, a sua independência com reconhecimento internacional, nomeadamente, da Organização da Unidade Africana. O dia 24 de Setembro também foi assinalado em Paris, mais precisamente em Saint-Denis, onde decorreu esta manhã uma cerimónia simbólica para marcar o 41º aniversário da independência da Guiné-Bissau.

 

Reportagem independência da Guiné-Bissau
(08:31)
 
 

RFI

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

24 Setembro / Reino Unido: Peter Thompson confirma programa de apoio para a Assembleia Nacional Popular; “prioridade” é a Comissão de Ética

transferirNo mesmo dia em que a Guiné-Bissau celebra a data da sua independência, o Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau anunciou hoje que irá empreender um extenso programa de apoio e de desenvolvimento de meios para a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

Foi igualmente revelado que ajudar a recentemente formada Comissão de Ética para a presente legislatura é a “principal prioridade” para o Parlamento Britânico.

Peter Thompson, Coordenador deste Grupo Parlamentar, confimou a partir de Londres, que esta comissão do Parlamento Britânico propôs-se a treinar “cada deputado e cada dirigente da Assembleia Nacional Popular” num programa que será executado em conjunto pela União Inter-Parlamentar, a organização internacional para os Parlamentos.

Este programa, que será iniciado em Bissau, irá envolver parlamentares do Reino Unido e “alguns deputados lusófonos”, e  irá incluir áres como o papel e responsabilidade dos deputados, a fiscalização do Governo, o envolvimento com o povo, o sistema das comissões especiais e direitos humanos.

Um programa especial será ainda ministrado aos membros e dirigentes da Comissão de Ética, recentemente formada na Assembleia e fortemente  suportada pelo Parlamento Britânico. Thompson confirmou que os membros desta Comissão irão receber treino específico em como “introduzir altos níveis de responsabilidade na vida pública, que irão abranger todos os dirigentes públicos”.

Este grupo deverá ainda viajar para Londres para ser objecto de uma formação intensa e experiência prática em como gerir a Comissão, em conjunto com os seus homólogos em Londres. Thompson acrescentou que a Comissão de Ética tem o apoio da “maioria dos parceiros internacionais em todo o mundo” e que muita esperança foi colocada na sua criação.

Peter Thompson deverá regressar a Bissau em menos de um mês, acompanhado por uma delegação.

“BAFATÁ MISTI MAS IAGU”: TESE LANÇA TEASER DO PROJETO PORTUGUÊS QUE VAI FAZER CHEGAR ÁGUA A BAFATÁ,

 

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