quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Especialistas da OMS analisam combate ao ébola na Guiné-Bissau

Os médicos poderão visitar outros países africanos de língua portuguesa.
Hospital Simão Mendes, Bissau
Encontra-se desde ontem, 10, na Guiné-Bissau uma equipa internacional de especialistas da Organização Mundial da Saúde para avaliar o nível de preparação do país para lidar com eventuais casos de ébola. Vizinho da Guiné-Conacri, onde começou a actual epidemia de ébola, o país está numa das áreas consideradas em risco pelo OMS.

As autoridades guineenses elaboraram uma estratégia para impedir a entrada do ébola no país, mas enfrentam muitas dificuldades técnicas e materiais.

A equipa da OMS, integrada por vários especialistas, entre eles brasileiros e portugueses, vai contactar autoridades, hospitais, laboratórios, profissionais do sector e organizações não governamentais que estão no terreno, como explica a médica Regina Ungerer em declarações à Rádio das Nações Unidas.

“Isto é uma forma de fortalecer os sistemas de saúde. A ideia é que estes países vizinhos, alguns deles com sistemas de saúde não tão fortes, possam estar preparados para enfrentar uma situação que nós sabemos que é grave e emergencial. Se estes países puderem passar por esta crise sem ter nenhum caso, ou se tiverem casos que sejam constritos ou restritos a um determinado local e que possam evitar contaminação, isto já é um grande sucesso”, explicou.

Ungerer disse que mais países lusófonos deverão ser visitadaos, sem no entanto avançar datas.

“Essas missões que estão sendo realizadas agora em  Novembro e Dezembro nos quatro países - Guiné-Bissau, Mali, Senegal e Côte d’Ivoire -   é porque são nações que não apresentaram nenhum caso, mas são paises fronteiriços com aqueles que têm casos", concluiu aquela especialista.

O grupo de médicos deve abordar também a questão das práticas seguras de enterro para ajudar a controlar o ébola.

A deslocação dos médicos da OMS deve culminar com a elaboração de um plano de actuação para os próximos seis meses.

Fonte : VOA

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