domingo, 29 de março de 2015

Duas pessoas dadas como desaparecidas num naufrágio no sul da Guiné-Bissau

Duas pessoas são dadas como desaparecidas num naufrágio de uma pequena embarcação na região de Cacine, no sul da Guiné-Bissau, disse hoje fonte da secretaria de Estado das Pescas.
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Os dois elementos desaparecidos são membros da tripulação de uma vedeta rápida que transportava elementos da entidade de fiscalização das atividades de pesca (Fiscap) que se encontravam nas operações de desmantelamento de acampamentos de pesca ilegal construídos nas zonas ribeirinhas no sul da Guiné-Bissau.

A vedeta, que transportava 11 pessoas, ter-se-á afundado, na sequência do rombo do casco, indicou à Lusa um dos náufragos. Uma outra vedeta que se encontrava nos arredores prestou socorro aos náufragos, resgatando nove pessoas.

A fonte da secretaria de Estado das Pescas indicou estar em curso uma operação de busca e salvamento envolvendo homens e meios mobilizados a partir das delegacias de Buba, Cacine, Bubaque e Bissau.

Nas últimas semanas a entidade fiscalizadora das atividades de pesca na Guiné-Bissau (Fiscap) tem estado a desmantelar acampamentos de pesca ilegal, por indicação do Governo, que quer banir este fenómeno praticado por pescadores estrangeiros.

José Mário Vaz Presidente da Guiné-Bissau exorta diáspora em Portugal a regressar ao país

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou em Lisboa à comunidade guineense em Portugal para que considere regressar ao país e ajudar na sua reconstrução.
Presidente da Guiné-Bissau exorta diáspora em Portugal a regressar ao país


"Eu vim cá precisamente para apelar-vos: comecem a pensar no vosso regresso. Os riscos que vocês assumem aqui em Portugal, devem aceitar corrê-los na vossa terra natal", declarou, num encontro com a diáspora guineense no Fórum Lisboa.

Depois de sublinhar que conhece bem os problemas dos emigrantes em Portugal, o chefe de Estado guineense acrescentou: "Não estou aqui para vos dar uma lição, estou aqui para ouvir conselhos e para vos dizer como vai a terra que vos viu nascer".

"A Guiné-Bissau é um país de oportunidades, porque nada está feito, está tudo por fazer - e 1,1 milhões de dólares é muito dinheiro", observou José Mário Vaz, referindo-se à ajuda financeira da comunidade internacional que fez questão de agradecer.

"Muito obrigado à comunidade internacional, que nunca virou costas à Guiné-Bissau, apesar de nós não termos sido muito corretos no seu uso: dinheiro dado para comprar copos foi gasto a comprar viaturas...", exemplificou, desencadeando o aplauso no auditório quase cheio.

Salientando que "agora, a bola está do lado da Guiné-Bissau", o Presidente classificou a atual situação do país como "uma oportunidade para os guineenses que estão em Portugal".

"Temos uma grande responsabilidade, meus concidadãos, e cada um tem de fazer o que sabe fazer: temos bons pedreiros, bons carpinteiros, bons eletricistas, bons empresários... Não pensem em ir para a Guiné-Bissau para serem ministros, secretários de Estado, funcionários públicos", advertiu.

"Devem regressar para concorrer com os demais para a concretização de projetos" que contribuam para "a construção do país", porque, acrescentou, se os guineenses não aproveitarem os recursos financeiros disponibilizados pela comunidade internacional "outros estão à espera".

José Mário Vaz explicou que "hoje, na Guiné-Bissau, o Estado é o maior empregador e não pode ser".

"O Estado não pode ser tudo, porque senão enfrenta problemas sérios; o Estado não pode criar riqueza e não pode criar emprego, isso cabe ao setor privado, e temos de ter a coragem de fazer essa reforma", defendeu.

Instando mais uma vez os seus concidadãos a regressar, neste seu primeiro encontro com a diáspora desde que foi eleito, em junho de 2014, o Presidente guineense fê-lo na forma de pedido.

"Eu vou pedir: temos de limpar essa mágoa, esse ódio que está no interior dos guineenses; devemos esquecer o passado e olhar para o futuro, para a construção do país", insistiu, recordando ser sua ambição "contribuir para a mudança radical da Guiné-Bissau", porque acredita que "o Presidente da República tem de ser o homem que está sempre à procura de consensos".

sexta-feira, 27 de março de 2015

Justiça Brasileira determina matrícula de estudante Guineense na Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil.

Universidade havia negado matrícula de estudante estrangeira. Na decisão, juiz afirma que lei não impede que ela entre pelas cotas.
UFRGS fachada (Foto: Ramon Moser/Divulgação)Jovem foi aprovada no vestibular da UFRGS pelo sistema de cotas
A Justiça Federal determinou a matrícula imediata de uma estudante de Guiné-Bissau que teve seu ingresso negado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Domingas Mendes passou no vestibular para o curso de Serviço Social através do sistema de cotas, mas foi impedida de realizar a inscrição para as aulas. Conforme a UFRGS, ela não cumpria com uma das exigências para cotistas, de ter cursado integralmente o ensino médio em uma escola pública do Brasil.

O juiz Roger Raupp Rios, porém, entendeu que a estrangeira tem direito à matrícula. Na decisão, o magistrado sustenta que a legislação brasileira não excluiu candidatos estrangeiros do sistema de cotas.

"A própria LDBE (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), no referido artigo 44, dispõe que o ensino de graduação está aberto a candidatos 'que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo', sem diferenciar quanto à nacionalidade do estabelecimento de ensino onde foi cursado o ensino médio ou equivalente", avaliou Rios.

O magistrado cita ainda que o país de origem da estudante tem baixo índice de desenvolvimento humano e "é considerado pela Unesco como nação que figura entre os países da África subsahariana com maiores dificuldades educacionais".

A UFRGS afirmou que a matrícula da estudante será realizada, mas que pretende recorrer da decisão.

quinta-feira, 26 de março de 2015

ENEIDA MARTA APRESENTA NOVO ÁLBUM NO PORTO E EM LISBOA "NHA SUNHU"

Eneida Marta, embaixadora da música da Guiné-Bissau, lança, a 6 de abril, o seu novo álbum, “Nha Sunhu” (Meu Sonho).



O disco, cujas letras pertencem, na sua grande maioria, a grandes poetas guineenses, é apresentado pelo single Kabalindade, parte integrante da banda sonora do filme “Espinho da Rosa” e cujo videoclip já pode ser visto aqui:

“Nha Sunhu” será apresentado nos palcos nacionais em dois concertos, a decorrerem na Casa da Música (Porto) e na Culturgest (Lisboa), nos dias 28 e 29 de maio, respetivamente.


Eneida Marta - Kabalindadi

Chill Out! Cultural “tchiga i ka nada! resistencia ki tudu!”, 26 março, 19h00, Esplanada X-Club

O Movimento Cultural UBUNTU, em parceria com a ARTISSAL/CABAZ DI TERRA e Associação Pé Na Tchon, organizam um Chill Out! Cultural, gratuito, com o objectivo de divulgar valores da cultura guineense associados a dança, teatro, música e arte.


A iniciativa (programa anexo), que terá lugar no dia 26 de Março do corrente, representará uma etapa inicial para uma série de eventos, organizados pelo UBUNTU e ARTISSAL/CABAZ DI TERRA e Associação Pé Na Tchon, em parceria com diversas organizações de apoio ao desenvolvimento cultural na Guiné-Bissau.

O Movimento Cultural Ubuntu é uma organização da sociedade civil que assumiu a responsabilidade de estimular a consciência social, valorizar o património histórico e cultural guineense e defender a produção cultural nacional nas suas mais diversas manifestações e estimular a consciência social da nossa comunidade.

A Cabaz di Terra é uma estrutura colectiva que promove o desenvolvimento produtivo com base local,  e é consensualmente definido como um sector significativo para a prossecução da mudança, direccionada à valorização do território, visto reunir um conjunto diversificado de requisitos, favorecendo as dimensões económicas relacionadas com o crescimento, valorizando as características e os traços culturais e promovendo a preservação cultural.

Chill Out! Cultural

Data: 26 de Março de 2015

Local: Esplanada do X-Club

Início: 19h00 / Final: 21h00

Entrada gratuita

Chamamento: 19h00

Dança “Bijagó” - Movimento Cultural UBUNTU

Teatro: “Djanti i ka nada! Tchiga ki tudu”! - Movimento Cultural UBUNTU

Desfile de acessórios – ARTISSAL/CABAZ DI TERRA

Dança “Balanta” - Movimento Cultural UBUNTU

Desfile de acessórios – ARTISSAL/CABAZ DI TERRA CABAZ DI TERRA

Dança “ Mandjacu” - Movimento Cultural UBUNTU

COMUNICADO FINAL - CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DOS PARCEIROS DA GUINÉ-BISSAU "TERRA RANKA"

A CONFERÊNCIA

COMUNICADO FINAL - BRUXELAS,25 DE MARÇO DE 2015

1. Teve lugar em Bruxelas, a 25 de Março de 2015, uma conferência internacional em apoio da Guiné-Bissau, co-presidida pelo Governo da Guiné-Bissau, pela União Europeia e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com objectivo de manter o actual momentum positivo do país e confirmar o apoio internacional ao esforço desenvolvido para a reconstrução do país, ao reforço das suas instituições democráticas e ao seu progresso em direcção da estabilidade socio-política, da reconciliação e do desenvolvimento económico.

2. A Conferência foi aberta pelo Sr. Neven Mimiça, Comissário Europeu para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento, por Sua Excelência, Sr. José Mário Vaz, Presidente da República da Guiné Bissau, por Sua Excelência, Sr. Macky Sall, Presidente da República do Senegal e a mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas foi lida pelo Sr. Jeffrey Feltman, Secretário- Geral Adjunto das Nações Unidas.

3. Participaram na Conferência de Bruxelas delegações de 70 países e instituições, incluindo Ministros dos Negócios Estrangeiros e Altos Representantes de instituições regionais e internacionais, bem como representantes da sociedade civil. 

4. A Conferência realizou-se num momento crítico, em que a Guiné-Bissau se dirige para um novo caminho de paz, reconciliação e desenvolvimento, após anos de fragilidade e instabilidade política. Os participantes assinalaram que a realização das eleições de Abril e Maio de 2014, bem como a restauração da ordem constitucional foram um virar de página na história da Guiné- Bissau. A comunidade internacional poderá prestar o seu apoio à consolidação destas realizações.

5. A Conferência felicitou o progresso feito pelas autoridades democraticamente eleitas, desde a sua tomada de posse, na promoção da inclusão e do diálogo, e reconheceu os esforços feitos em conjunto com líderes comunitários e com a sociedade civil para estabelecer os alicerces de uma estabilidade e reconciliação duráveis. Os participantes louvaram a determinação da Guiné-Bissau em trabalhar para a consolidação da democracia, do estado de direito, da retoma económica e da redução da pobreza.

6. Os participantes assinalaram os resultados encorajantes obtidos pelo Governo da Guiné-Bissau na execução do programa em três fases, incluindo os planos de Emergência, Contingência e Desenvolvimento que tinham sido adoptados por unanimidade pela Assembleia Nacional. Louvaram ainda a melhoria do fornecimento de serviços básicos à população, o pagamento de salários atrasados, o sucesso da campanha agrícola, bem como as medidas tomadas para melhorar a gestão das finanças públicas e a mobilização de recursos financeiros, reforçar o estado de direito e lutar contra a corrupção.

7. Os parceiros da Guiné-Bissau sublinharam a necessidade de continuar neste caminho.Foi essencial para o país ter cortado decididamente com a fragilidade do passado, ao manter-se unido e iniciar um conjunto importante de reformas,nomeadamente nas áreas da segurança, justiça, administração pública e gestão das finanças públicas. Estas reformas devem ser claramente orientadas pelos princípios da transparência e responsabilização, e pela luta contra a impunidade e a corrupção.

8. A Conferência afirmou o apoio contínuo da comunidade internacional às autoridades da Guiné-Bissau no seu empenhamento. A Conferência acolheu particularmente as contribuições e os esforços políticos e diplomáticos das Nações Unidas, da CEDEAO, da CPLP, da União Africana, da União Europeia e dos seus Estados-Membros durante o período de transição. A Conferência assinalou a reactivação do Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau (ICG-GB) e as conclusões da sua 10ª. Sessão de Nova Iorque em 18 de Novembro de 2014.

9. A Conferência acolheu igualmente a retoma da plena cooperação por vários parceiros, apelou a novos parceiros e doadores a juntarem-se a este esforço, e sublinhou a necessidade de se respeitarem os princípios da eficácia da ajuda tal como delineado na Declaração de Paris, na Agenda de Acção de Accra e a Parceria de Busan para uma Cooperação Efectiva para o Desenvolvimento.

10.Os participantes felicitaram a liderança do país na condução do seu processo de desenvolvimento nacional e acolheram a Visão Estratégica do Governo para a consolidação do Estado, para a estabilidade socio-política e para a boa governação, bem como o seu Plano Estratégico e Operacional para o período 2015-2025. Sublinharam a necessidade de trabalhar para a retoma económica com base em reformas estruturais que possam assegurar o desenvolvimento sustentável. Foram identificados quatro vectores principais de crescimento económico: agro-indústria, pescas, turismo, bem como a exploração transparente e sustentável dos recursos minerais do país. A paz e a boa governação, as infraestruturas e o desenvolvimento urbano, um ambiente favorável aos negócios,o desenvolvimento humano e a preservação e uso responsável da biodiversidade da Guiné-Bissau serão os pilares fundamentais para esse crescimento e desenvolvimento sustentável.

11.Os participantes salientaram a importância do desenvolvimento social e humano para melhorar as vidas e o quotidiano da população da Guiné-Bissau, através do reforço do acesso à educação e saúde, e das prestações nesses sectores. No caso da saúde, também devem ser previstas medidas de aptidão para lidar com a ameaça de Ébola e outros desafios sanitários.

12.. Com base nas prioridades identificadas pelas autoridades no seu ambicioso Plano Estratégico e Operacional para os próximo cinco anos, os parceiros decidiram dedicar mais de um bilião de euros à Guiné-Bissau para atingir os seus objectivos e para conseguir melhorias tangíveis nas condições de vida do povo da Guiné-Bissau.

13.Os participantes reiteraram que esta Conferência não é uma finalidade em si. É o ponto de partida de uma nova dinâmica e uma cooperação com vista a um melhor futuro para a Guiné-Bissau. Os fundos dos parceiros podem dar um impulso, mas o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável serão conduzidos sobretudo pelo apoio ao sector privado, particularmente através da criação de emprego, da construção de infra-estruturas e transporte, do acesso à energia,de um ambiente de negócios concorrencial e seguro, e de um acesso facilitado ao crédito. Para a sustentação de um tal crescimento será necessário um maior domínio dos recursos domésticos a fim de aumentar a apropriação nacional das políticas públicas e assegurar a responsabilização perante os cidadãos.

14.Os participantes destacaram a necessidade de respeitar os princípios democráticos e de assegurar um diálogo inclusivo nacional bem como um processo genuíno de reconciliação incluindo todos os partidos e forças políticas.Sublinharam a importância de incluir todos os guineenses no processo de estabilização e reconciliação tanto a nível nacional como local. Os participantes assinalaram a importância crucial de reforçar o estado de direito e o sistema judicial e de assegurar o respeito pelos direitos humanos. A fim de assegurar uma estabilidade socio-política durável, a Conferência salientou que devem ser tomadas medidas para lutar contra a impunidade e contra o tráfico de droga. Os participantes concordaram sobre a necessidade de continuar a apoiar a Guiné-Bissau nos seus esforços para lidar com o crime organizado transnacional,incluindo o tráfico de droga. Nesta área, uma cooperação reforçada a nível internacional e regional com o país continua a ser crucial.

15.A necessidade de consolidar tanto a democracia como o estado de direito exige a instauração de um controle civil efectivo e supervisão das forças de defesa e segurança. Os participantes sublinharam, assim, a importância de implementar uma reforma genuína e completa do sector de defesa e segurança, crucial para uma estabilidade durável. Assinalaram os actuais esforços para este fim e apelaram à comunidade internacional para apoiar os esforços nacionais de forma inclusiva e coordenada.

16.Os participantes louvaram especialmente os esforços da CEDEAO para ajudar a manter a paz e segurança na Guiné-Bissau e para apoiar a reforma do sector de segurança, nomeadamente através da sua missão militar (ECOMIB). Reconheceram a importância da ECOMIB para garantir a segurança das instituições políticas e para apoiar a reforma do sector de segurança, tal como sublinhado pela Resolução 2203 (2015) do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

17.Os participantes acolheram com agrado a extensão do mandato da UNIOGBIS até 29 de Fevereiro de 2016, assinalando que a presença da UNIOGBIS permanece um factor essencial de estabilidade na actual fase de consolidação.

PM de Guiné-Bissau "profundamente grato" por apoio "sem precedentes"

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau manifestou "profunda gratidão" pelo sucesso da conferência internacional celebrada hoje em Bruxelas, que permitiu mobilizar mais de mil milhões de euros, "um apoio sem precedentes" da comunidade internacional ao país.

Na sua intervenção de encerramento da mesa redonda de doadores, Domingos Simões Pereira disse sair desta conferência "com grande satisfação", pois a comunidade internacional deu todo o seu apoio à estratégia apresentada pelo governo de Bissau e comprometeu-se com contribuições financeiras "sem precedentes".

O chefe de governo admitiu que o sucesso da conferência internacional representa também "uma enorme responsabilidade" para o país, mas garantiu que as autoridades guineenses levam essa responsabilidade "muito a sério" e que estarão à altura das expetativas, e sugeriu mesmo a realização de reuniões de seguimento, acompanhamento e monitorização desta mesa redonda a cada seis meses.

Em declarações aos jornalistas já depois da conclusão dos trabalhos, Domingos Simões Pereira disse que foram atingidos os dois grandes objetivos da conferência, "a retoma da cooperação com os parceiros internacionais e a cobertura financeira necessária para a implementação" do programa estratégico, sendo "encorajador saber que mais de 50% dos valores anunciados são donativos".

Na sua declaração de encerramento, o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, apontou que a conferência foi o "corolário dos esforços das atuais autoridades da Guiné-Bissau para romper com o círculo vicioso da instabilidade".

Já o diretor do Serviço Europeu de Ação Externa (o corpo diplomático da UE) para África, Nick Westcott, comentou que a conferência hoje celebrada em Bruxelas foi das mais participadas a que assistiu na sua carreira e observou que ficou essa "mensagem clara: a comunidade internacional está com a Guiné-Bissau".

ACC // JMR

Lusa

Guiné-Bissau mobiliza mil milhões de euros na reunião de doadores em Bruxelas

Bruxelas, 25 mar (Lusa) - A conferência internacional sobre a Guiné-Bissau celebrada hoje em Bruxelas permitiu mobilizar mais de mil milhões de euros de apoios prometidos pela comunidade internacional, com Portugal a comprometer-se com um programa de cooperação de 40 milhões de euros.


"Com base nas prioridades identificadas pelas autoridades no seu ambicioso plano estratégico e operacional para os próximos cinco anos, os parceiros decidiram dedicar mais de mil milhões de euros à Guiné-Bissau para atingir os seus objetivos e para conseguir melhorias tangíveis nas condições de vida do povo da Guiné-Bissau", indica o comunicado final da conferência, lido na sessão de encerramento pelo chefe de diplomacia da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa.

Na conferência, coorganizada pelo governo da Guiné-Bissau, União Europeia e Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, participaram delegações de 70 países e instituições, tendo o Governo português anunciado a intenção de assinar, até junho próximo, um programa estratégico de cooperação num montante que rondará os 40 milhões de euros.

quarta-feira, 25 de março de 2015

O Conselho da União Europeia Revoga Sanções Contra Guiné-Bissau

O Conselho da União Europeia (UE) revogou hoje as sanções que limitavam a cooperação com a Guiné-Bissau e que tinham já sido suspensas em julho do ano passado após a celebração de “eleições livres e credíveis”.


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“A Guiné-Bissau iniciou um novo caminho de paz, reconciliação e desenvolvimento após a realização de eleições e o restabelecimento da ordem constitucional em 2014”, disse a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.

A decisão de hoje, salientou, permite à UE “apoiar o esforço das autoridades para reconstruir o país, consolidar as instituições democráticas e lançar as bases para a estabilidade a longo prazo”.

A Alta Representante da UE para a Política Externa recorda que, “já esta semana, a UE coorganiza, juntamente com o governo da Guiné-Bissau e com a ONU, uma conferência internacional que irá mobilizar apoio para a implementação de reformas na Guiné-Bissau e do seu programa de desenvolvimento”.

A decisão de hoje, que, na prática, ratifica a suspensão das medidas restritivas já decidida em julho do ano passado, tem lugar precisamente na véspera de uma conferência internacional em Bruxelas, na qual as autoridades guineenses esperam angariar 427 milhões de euros para projetos prioritários no país, de acordo com a documentação que o Governo guineense leva para a mesa redonda de doadores.

Em julho de 2014, após terem tido lugar eleições consideradas livres e credíveis, o Conselho já decidira suspender as restrições à cooperação que impusera em 2011 à Guiné-Bissau, na sequência do golpe militar de abril de 2010 e consequente designação dos seus principais instigadores para os postos de comando da hierarquia militar, o que a UE considerou uma grave violação dos elementos essenciais do Acordo de Cotonou, assinado entre a União e países da África, Caraíbas e Pacífico.

Também o comissário europeu para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, que participará na conferência de quarta-feira, comentou hoje que “a Guiné-Bissau está de regresso à cena internacional e pronta a avançar, com o apoio da UE”.

“Nos próximos meses, iremos finalizar a programação do 11.º envelope do Fundo Europeu de Desenvolvimento e alinhar a nossa cooperação com as prioridades da estratégia nacional de desenvolvimento do governo”, apontou.

O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e o Presidente da República José Mário Vaz estão juntos em Bruxelas para apresentar o plano operacional da Guiné-Bissau para 2015-2020.

Lusa

O drama dos jogadores abandonados, muitos deles são oriundos da Guiné Bissau

O drama dos jogadores abandonadosO povoense, da Póvoa de Santa Iria, é um dos "clubes de acolhimento" de africanos que querem singrar no futebol europeu


“O processo é simples: vai treinar a um clube, não fica. Vai a outro, também não fica. E assim sucessivamente. O agente que traz o jogador pensa sempre que há de colocá-lo em algum lado. Mas por vezes não é possível. Nesse caso, abandona-o. É aí que começa o verdadeiro drama”. O especialista em direito desportivo João Diogo Manteigas trabalha com vários países africanos e conhece bem a realidade dos jovens que chegam a Portugal para jogar futebol mas acabam em situações de precariedade e ilegalidade. Muitos deles são oriundos da Guiné Bissau. “Entrar no país é fácil. Os jogadores trazem sempre vistos de estada temporária. O problema é ficar num clube que depois ajude na renovação do visto ou na legalização. Entre aqueles que conseguem clube, cerca de 95% vão jogar para o Campeonato Nacional de Seniores, no futebol amador. Estamos a falar de clubes sem capacidade financeira, que depois não querem ou não conseguem ter despesas com a legalização do jogador”.
“O agente que traz o jogador pensa que há-de colocá-lo em algum lado. Mas por vezes isso não é possível e abandona-o”

Ailton Pereira é uma excepção à regra. Veio da Guiné e fez carreira em clubes como o Chaves, o Barreirense e o Atlético. Pelo meio ainda passou pelo Logroñés, do futebol espanhol, e foi internacional pela selecção guineense. Abandonou os relvados no final da temporada 2012/2013, finalizou a licenciatura em Direito e hoje é empresário de vários jovens africanos a actuar no futebol português. Costuma ser abordado por jogadores guineenses que chegam a Portugal por intermédio de outros agentes: “Ficam sem clube e são abandonados pelos seus representantes. Tento ajudá-los organizando alguns treinos e jogos para que, pelo menos, não fiquem parados”. Lembra que em Portugal há cada vez mais atletas abandonados com paradeiro incerto. Dá um exemplo: “Houve um miúdo que veio com um visto de 15 dias para encontrar clube. Foi treinar a um clube do centro, mas o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] apareceu lá e ele fugiu. Continua aqui, mas ninguém sabe dele”. As práticas de alguns agentes são outro problema: “Certos empresários trazem jogadores da Guiné sem qualquer despesa. O dinheiro da viagem e do visto é pago pelo jogador ou pela sua família. A passagem anda à volta dos 800 euros e o visto ronda os 200, 300 euros. Dessa forma não há risco da parte do empresário. Se o jogador ficar em algum lado, ele vai querer a compensação. Mas se não arranjar clube, fica entregue à sua sorte”.

Ler mais em : http://sol.pt/noticia/127762

“FIFA é responsável pelo que se passa na Guiné”

A falta de protecção dada aos jogadores guineenses começa nas deficiências do futebol do país. “Há um historial muito grande de desvios de fundos na federação da Guiné”, alerta João Diogo Manteigas. “Recebem dinheiro da FIFA e não o aplicam no futebol. Com a qualidade de jogadores que existe na Guiné, se esse dinheiro fosse bem aplicado, a selecção seria uma das potências de África”.


“FIFA é responsável pelo que se passa na Guiné”Issa Hayatou já manifestou o apoio da Confederação Africana a Blatter
No entender do advogado, “parte da culpa” é do organismo presidido por Sepp Blatter: “A FIFA devia fiscalizar as verbas dadas às federações. Mas não o faz por causa dos votos”. Recentemente, o camaronês Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF) e um dos vice-presidentes da FIFA, lembrou que a CAF está ao lado de Blatter nas eleições presidenciais de Maio às quais o português Luís Figo é um dos candidatos.

Entre as 209 federações que compõem a FIFA, 55 são de África. Representam uma aliança de peso na recandidatura do suíço. “O Hayatou não falou em nome do seu país. Falou em nome de todo o continente. Claro que a FIFA não ia agora fiscalizar as verbas dadas às federações de África para saber se foram bem aplicadas ou se esapareceram. Por outro lado, a federação da Guiné só precisa de não desviar tantos fundos”, analisa Manteigas. “Se aplicassem bem o dinheiro, os clubes eram melhores, o jogador guineense tinha mais condições no seu país e não precisava de vir para aqui aceitar situações de grande precariedade que são propostas por alguns clubes”, reforça Ailton Pereira, ex-internacional pela Guiné Bissau.

terça-feira, 24 de março de 2015

Guiné-Bissau quer angariar 427 ME na mesa de doadores para projetos prioritários

A Guiné-Bissau vai tentar angariar na quarta-feira 427 milhões de euros para projetos prioritários no país, de acordo com a documentação que o Governo guineense leva para a mesa redonda de doadores que vai decorrer em Bruxelas, Bélgica.

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O encontro é promovido pelo executivo eleito em 2014, que tenta reconstruir o país lusófono após quatro décadas de golpes de Estado e instabilidade, o último dos quais em 2012.

O Governo da Guiné-Bissau liderado por Domingos Simões Pereira e o Presidente da República José Mário Vaz estão juntos em Bruxelas para apresentar o plano operacional 2015-2020.

As dezenas de organizações internacionais e países que vão participar no encontro vão receber uma lista detalhada de 208 projetos que constituem a primeira vaga do plano com um custo estimado de 732 milhões de euros.

Deste conjunto estão por financiar 100 projetos no valor de 427 milhões de euros, valor que a Guiné-Bissau vai tentar conquistar na mesa redonda para fechar as verbas para a primeira vaga de projetos.

Se for necessária uma seleção mais restrita, o documento destaca ainda 71 iniciativas no valor de 221 milhões de euros que "têm imperativamente que ser financiadas" por serem "pedras basilares" do país que se pretende edificar, realça.

Esta primeira vaga inclui iniciativas para o período 2015-2016, com "prioridade para projetos ligados à Defesa, Justiça e reconciliação nacional" - como é o caso do fundo de pensões para militares -, considerados fundamentais para "virar a página" na história do país, refere o plano.

São também incluídos "projetos estruturantes" (vias de comunicação e acesso a energia, por exemplo) para impulsionar o "desenvolvimento económico e sustentável".

Outras vagas de projetos seguir-se-ão para cumprir a totalidade do plano 2015-2020 que inclui 26 programas e 70 ações "que se constituem como as bases de transformação do país", refere o resumo financeiro.

A "Biodiversidade e gestão sustentável dos recursos naturais" é um dos capítulos em destaque, com investimentos previstos no valor de 58 milhões de euros.

Da preservação das riquezas naturais dependem todos os outros "motores de crescimento" do país, destaca o documento.

Há outros capítulos dedicados à reforma do setor público, desenvolvimento urbano, melhoria do ambiente de negócios, promoção do desenvolvimento humano, agricultura, pescas, turismo e minas.

De acordo com o plano, em 2025, "a Guiné-Bissau terá começado a sua transição para uma sociedade próspera e segura". O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, considera que a mesa redonda poderá ser considerada "um sucesso" se os parceiros considerarem os projetos coerentes, exequíveis e credíveis, seja qual for o valor angariado.

O Governo criou um portal (www.teraranka.gov.gw) com as informações sobre a visão de desenvolvimento do país para o horizonte 2025 e o respetivo plano operacional.

LFO/MB // VM

Lusa

Lusófona e Governo normalizam funcionamento de universidade em Bissau

O grupo Lusófona, de Portugal, e o Ministério da Educação da Guiné-Bissau assinaram um memorando de entendimento para normalizar o funcionamento da Universidade Lusófona de Bissau, disse hoje à Lusa uma fonte oficial.
Lusófona e Governo normalizam funcionamento de universidade em Bissau
O memorando, a que a agência Lusa teve hoje acesso, foi assinado no fim-de-semana por Esmeraldo de Azevedo, em representação do grupo Lusófona/Cofac, e por Fernando Dias, secretário de Estado do Ensino da Guiné-Bissau.

Na prática, o memorando vai restabelecer o normal relacionamento entre a Universidade Lusófona de Bissau e o Ministério da Educação, que havia suspendido vários cursos naquele estabelecimento do ensino alegando incumprimento de disposições legais.

Os alunos da universidade têm vindo a sair às ruas em manifestações de desagrado pela medida decretada pelo Governo, que, por sua vez, sempre responsabilizou a escola pelo alegado incumprimento.

Entre os alegados incumprimentos, o Ministério aponta falta de um quadro de docentes qualificados, plano curricular, equipamentos, carga horário para cada curso, entre outros.

Na qualidade de entidade instituidora da universidade, o grupo Lusofona/Cofac realçou no memorando assinado com o Governo guineense que vai "cumprir em conformidade" um conjunto de disposições para a salvaguarda dos interesses do país e defesa dos alunos.

A parte portuguesa comprometeu-se a "contratar docentes qualificados" para o reforço dos cursos de Enfermagem Superior, Engenharia Informática e Direito, de forma a adequa-los às exigências do Governo em matéria do Ensino Superior.

O grupo português prometeu "melhorar o acervo bibliográfico" da Universidade Lusófona de Bissau, de imediato, equipar o laboratório de saúde e da informática e ainda proceder a alterações das unidades orgânicas da escola.

O controlo da qualidade do ensino é outro compromisso assumido pela parte portuguesa, prometendo para o efeito a criação de um gabinete específico.

A ministra da Educação, Odete Semedo, enalteceu o entendimento alcançado entre as partes e mostrou-se aberta a mandar levantar a ordem de suspensão de cursos na Lusófona de Bissau.

Benfica de Bissau isolou-se no comando da I divisão de futebol da Guiné-Bissau

O Benfica venceu a equipa dos Cavalos Brancos de Cuntum por 6-2, e isolou-se no comando da I divisão de futebol da Guiné-Bissau, na 10ª jornada, realizada este fim de semana, em que as "águias" conseguiram a terceira goleada consecutiva.


Resultado de imagem para a I divisão de futebol da Guiné-BissauA equipa benfiquista beneficiou da derrota por 1-0 do Sporting de Bissau na deslocação a Canchungo.

Entretanto, o Sporting de Bafatá ‘roubou' o terceiro lugar ao Bambadinca.

A equipa de Bafatá recebeu e venceu o Nuno Tristão de Bula por 3-2, enquanto os Lagartos de Bambadinca foram derrotados por 2-1 na deslocação às ilhas Bijagós para defrontar o Bubaque.

A 11.ª jornada joga-se na quarta-feira (exceto o jogo UDIB-Bafatá, na quinta) e a partida que mais poderá mexer no topo da classificação vai colocar frente-a-frente, em Bissau, o Benfica e o Bambadinca.

Resultados da 10.ª jornada:
Bubaque Bijagós - Lagartos de Bambadinca, 2-1.
Canchungo - Sporting, 1-0.
Cuntum - Benfica, 2-6.
Portos de Bissau - Estrela Negra de Bissau, 0-1.
Bafatá - Bula, 3-2.
São Domingos - Balantas de Mansoa, 0-0.
Bolama - UDIB, 1-1.

Classificação:
1. Benfica, 23 pontos.
2. Sporting, 20.
3. Bafatá, 19.
4. Bambadinca, 17.
5. São Domingos, 16.
6. Balantas de Mansoa, 16.
7. UDIB, 15.
8. Canchungo, 15.
9. Bula, 13.
10. Bubaque, 12.
11. Estrela Negra de Bissau, 11.
12. Cuntum, 07.
13. Portos, 05.
14. Bolama, 05.

Próxima jornada:
- quarta-feira, 25 mar:
Bubaque Bijagós – Sporting.
Benfica – Bambadinca.
Estrela Negra de Bissau – Canchungo.
Bula – Cuntum.
Balantas de Mansoa - Portos de Bissau.
Bolama - São Domingos.
- quinta-feira, 26 mar:
UDIB – Bafatá.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Primeiro-ministro confia em êxito na reunião com doadores em Bruxelas

imagesO primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse que deixava o país confiante no êxito do encontro com doadores internacionais na Mesa Redonda de Bruxelas, que se realiza na próxima quarta-feira, dia 25.

Bissau - O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse que deixava o país confiante no êxito do encontro com doadores internacionais na Mesa Redonda de Bruxelas, que se realiza na próxima quarta-feira, dia 25.

Milhares de guineenses despediram-se da comitiva de Domingos Simões Pereira na sua partida de Bissau na última sexta-feira.

Falando à Rádio ONU, na capital do país, o chefe do governo guineense disse tratar-se de uma mesa redonda que "o povo pretende transformar num momento de viragem, coesão e unidade".

"Nos últimos 15 a 20 anos a Guiné-Bissau passou por um período muito difícil, o que levou à desmobilização de importantes parcerias internacionais. Se essas parcerias se renovarem e se ativarem, nós já teremos um ganho muito importante. Logo a seguir, temos um ambicioso programa de desenvolvimento que vamos apresentar aos nossos parceiros e que contamos que colha a sua anuência, confirmação e disponibilidade para financiamento", disse.

O primeiro-ministro aponta ainda o facto de a mobilização "sem precedentes" em torno desses esforços ser um indicador encorajante.

Na agenda, a comitiva de 45 elementos leva a visão estratégica de desenvolvimento da Guiné-Bissau, um documento elaborado graças ao apoio técnico do Sistema das Nações Unidas com outros parceiros de desenvolvimento.

O plano será partilhado com os doadores internacionais para efeito de financiamento, na conferência onde são esperados cerca 240 convidados.

O Movimento Nacional da Sociedade Civil, que congrega centenas de organizações, esteve no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau. O presidente da entidade da sociedade civil, Jorge Gomes, disse que o objetivo era encorajar ao governo nesta missão.

"Centenas de projetos a serem levados aos parceiros de desenvolvimento confluem todas as áreas em que as organizações da sociedade civil guineense trabalham. Que esta mesa redonda seja coroada de sucessos e que o país herde e, por fim, comece uma nova era de paz e prosperidade."

Na delegação está também o deputado Victor Mandinga que disse à Rádio ONU que tais expectativas não podem ser defraudadas pela comunidade internacional. "Este povo necessita de apoio urgente porque em casa em que não há pão, todo o mundo ralha e ninguém tem razão."

No evento devem participar vários chefes de Estado da África Ocidental, segundo Simões Pereira, que preferiu não avançar nomes enquanto "decorrem as diligências".

Antes de deixar o país, Domingos Simões Pereira encontrou-se com o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que deve seguir para Bruxelas nesta segunda-feira.

Governo apreende madeira cortada de forma ilegal

O governo mandou confiscar mais de 100 mil toros de madeira cortada de forma ilegal nos últimos dois anos. O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Aníbal Pereira, defende que toda a madeira deve ser agora vendida e o dinheiro reverter para os cofres do estado.



O atual executivo entende que grande parte das licenças de exploração do setor foram concedidos de forma ilegal e garante que já existem potenciais interessados na compra dos toros.

A floresta guineense, recorde-se, foi dizimada nos últimos dois anos com o corte abusivo de árvores de grande porte, com a China a ser a principal compradora.

Universidade de Aveiro e Governo da Guiné-Bissau estudam restauro de edifícios coloniais

Técnicos da Universidade de Aveiro estão a estudar a possibilidade de ajudar o Governo da Guiné-Bissau no restauro de edifícios coloniais na ilha de Bolama, uma das antigas capitais da então província portuguesa, disse à Lusa fonte oficial.


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Abu Camará, secretário de Estado do Ordenamento do Território guineense, adiantou à Lusa existirem conversações com a universidade portuguesa no sentido de "todos os edifícios coloniais, com valor arquitetónico" em Bolama serem restaurados.

Situada no arquipélago dos Bijagós, Bolama foi capital da Guiné até 1941, altura em que esse estatuto passou para Bissau, mas a cidade permanece conhecida pelos edifícios de traços marcadamente coloniais, votados ao abandono e em grave estado de degradação.

O Governo guineense pretende também aproveitar a experiência da Universidade de Aveiro para abrir em Bolama um curso de formação de jovens em matéria de restauração de edifícios.

"O trabalho requer uma especialização que nós não temos, por isso vamos trabalhar com a Universidade", observou Abu Camará, uma ideia já defendida pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.

O executivo guineense pretende intervir nos 38 setores do país, mas para já escolheu quatro cidades para projetos-piloto no âmbito de um plano de intervenção urbana "de grande vulto", adiantou o secretário de Estado do Ordenamento de Território.

Um gabinete português de consultoria em arquitetura, a BO Associados, foi contratado pelo executivo guineense para apresentar um estudo de reabilitação urbana destas cidades e um plano geral para os demais setores.

Bolama, Cacheu (norte), Bafatá (leste) e Bissau, foram escolhidas pelo Governo como cidades piloto para levar a cabo uma série de obras de beneficiação de edifícios, ruas, esgotos e rede elétrica.

Em Bolama, Cacheu e Bafatá serão reabilitadas, pelo menos, cinco quilómetros de ruas com pavimento, observou Abu Camará.

Cada uma das três cidades será preparada para albergar novos polos de desenvolvimento.

Bolama será um polo universitário para formação de professores e turismo, Bafatá um polo agrícola e Cacheu albergará um polo universitário ligado ao turismo.

MB // VM

Lusa

Tornar possíveis algumas utopias (jornal Publico)

ANA CRISTINA PEREIRA (texto) e NUNO FERREIRA SANTOS (fotografia)

Fátima Proença, João José Fernandes, Susana Réfega, João Martins, João Rabaça e Mónica Frechaut são cidadãos globais que viraram a vida do avesso porque "estamos todos neste planeta e precisamos uns dos outros".

Fátima Proença, Directora executiva ACEP, 61 anos

Foi um dos maiores desafios que Fátima Proença já enfrentou: unir um conjunto de organizações, a maior parte das quais guineenses, e com elas persuadir o Governo da Guiné-Bissau a fechar a mais antiga esquadra da capital, que foi uma prisão, que era um “símbolo de opressão, de violência política”, e a cedê-la para que fosse transformada num espaço de cultura de direitos humanos.

O lugar, na parte velha de Bissau, desmonta, por si só, ideia feitas sobre a Guiné-Bissau — “um país que não funciona, sem instituições, à espera da ajuda internacional”. “Foi ali que encontrámos interlocutores, pessoas que querem lutar pela liberdade, pela justiça social e que se organizaram para isso”, diz.

A União Europeia nem sequer concedia financiamento para projectos de direitos humanos no país. O consórcio liderado pela Associação para a Cooperação entre os Povos (ACEP) e a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) obteve financiamento da Cooperação Portuguesa e abriu a Casa dos Direitos no início de 2012. Volvidos dois meses, houve um golpe de Estado. “Os dirigentes da Liga estavam lá dentro, o quartel-general estava mesmo em frente, os militares perseguiam pessoas na rua, mas ninguém foi lá procurá-los”, recorda. “A Casa dos Direitos já é.”

Não tinha uma relação próxima com a África imaginada, como era comum no Portugal da década de 1970. “Não tinha necessidade de defender uma África que tinha que ver com Portugal.” Contava 18 anos quando começou a colaborar com o Boletim Anti-Colonial. A sua primeira tarefa foi dactilografar um relatório sobre o massacre de Wiriyamu (Moçambique, 16 de Dezembro de 1972).


"O que sou hoje tenho sorte de ter começado a ser em pequena, quando a minha mãe me contava histórias sobre um mundo longínquo"
Entrou no sector da ajuda ao desenvolvimento por via do Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral, actual Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC), associação nascida logo em Maio de 1974, na sequência da luta pela libertação. Começou como voluntária.

“Foi um processo natural”, diz Fátima Proença. Não teve, como tantos outros, de fazer um corte violento com a família, com a profissão ou com o país. “O que sou hoje tenho sorte de ter começado a ser em pequena, quando a minha mãe me contava histórias sobre um mundo longínquo.”

Aterrou pela primeira vez em África em 1983. Ia passar dois meses em Bissau a dar formação sobre documentação a técnicos das Forças Armadas e dos vários ministérios. “Foi um dos maiores processos de crescimento que vivi”, conta. Esforçou-se para “entender um país, uma cultura, que só conhecia em teoria, à distância”. E percebeu que iria ficar ligada a África para sempre.

Regressou mais depressa do que pensava. Regressou volvidos dois anos, com o marido, para passar um ano inteiro a trabalhar como cooperante do Estado português. “Trabalhei num projecto novo, o início do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau, com pessoas fora de série, que me ajudaram a perceber quais eram os meus limites, do que era ou não capaz.”

Era grande a tensão na Guiné-Bissau em 1985-1986. Houve uma tentativa de golpe de Estado que culminou com detenções, torturas, fuzilamentos. Tentando sentir a espessura das coisas, Fátima Proença enquadrava tudo no processo de transição da luta armada pela independência para a construção de um estado civil. “Há ali uma legitimidade ao nível das armas que é difícil de transformar…”

Ler mais http://www.publico.pt/sociedade/noticia/tornar-possiveis-algumas-utopias-1689584

MESA REDONDA : PAIGC - Secção França apoia o Governo

PAIGC_Secção_FRANÇA apoia a MESA REDONDA
de BRUXELAS


O PAIGC Secção - FRANÇA apoia a iniciativa do nosso Governo para a realização da  "Mesa Redonda" do dia 25 de março de 2015.

O contexto actual oferece uma enorme perspectiva de paz definitiva rumo ao desenvolvimento para a Guiné-Bissau.

A nossa participação no "Fórum Nacional de Partilha da visão 2025" realizado em Bissau no dia 10 de março de 2015, demostra a importância de clip_image002nos mobilizar e de apoiar incondicionalmente o nosso Governo nesse exercício tão importante para toda a Nação Guineense.

Foi neste contexto que associou a Diaspora como um dos principais actores e promotores de desenvolvimento.

O sucesso da Mesa Redonda permitira, em fim, ao Governo realizar os projectos e programas de desenvolvimento; melhorar as condições do Estado e combater a miséria social.

Com o apoio dos principais parceiros econômicos da Guiné-Bissau nessa fase decisiva da sua historia, o governo poderá realizar os seus programas e atingir os seus objectivos de desenvolvimento sustentável do pais.

A esse efeito, esperamos que a Comunidade internacional apoiara massivamente o Governo de Domingos Simoes Pereira e a Republica da Guiné-Bissau para a realização de seu programa e perspectivas : Visão 2025.

Esta iniciativa representa uma esperança imensa para o povo da Guiné-Bissau depois de tantos sofrimentos.

Por isso, pedimos a todas as forças politicas, instituições e as populações Guineenses de se unirem para o sucesso da Mesa Redonda !

Paris dia 21 de março de 2015

Jorge Albino Monteiro
Presidente
Direcção PAIGC_Secção FRANÇA

sábado, 21 de março de 2015

Sporting e Benfica partilham liderança na Guiné-Bissau com 'águias' a golearem

Benfica e Sporting partilham Liderança na Guiné-BissauSporting e Benfica continuam a partilhar o primeiro lugar do campeonato de futebol da Guiné-Bissau, após a nona jornada realizada na quarta e quinta-feira.

Ambas as equipas venceram, mas as 'águias' de Bissau voltaram a golear e distanciam-se assim cada vez mais das restantes equipas da I Divisão como a formação com mais golos marcados.

Na quarta-feira, o Sport Bissau e Benfica bateu o Sporting de Bafatá por 5-1 e passou a somar 28 golos marcados contra oito sofridos.

O Sporting da Guiné-Bissau venceu o 'onze' dos Portos de Bissau pela vantagem mínima (1-0) o que lhe permite continuar no topo ao lado do Benfica.

Os Lagartos de Bambadinca isolaram-se na terceira posição com 17 pontos ao vencerem os Cavalos Brancos de Cuntum por 2-0.

Na 10.ª jornada, que se joga este fim-de-semana, o Benfica fica em Bissau para jogar com a equipa do bairro de Cuntum, enquanto o Sporting vai a Canchungo defrontar a equipa local.

Resultados da 9.ª jornada:

Canchungo - Bubaque Bijagós, 2-0.

Lagartos de Bambadinca - Cavalos Brancos de Cuntum, 2-0.

Sporting - Portos de Bissau, 1-0.

Benfica - Bafatá, 5-1.

Estrela Negra de Bissau - São Domingos, 0-2.

Balantas de Mansoa - UDIB, 2-1.

Nuno Tristão de Bula - Bolama, 3-0.

Classificação:

1. Benfica, 20 pontos.

2. Sporting, 20.

3. Lagartos de Bambadinca, 17.

4. Sporting de Bafatá, 16.

5. São Domingos, 15.

6. Balantas de Mansoa, 15.

7. UDIB, 14.

8. Bula, 13.

9. Canchungo, 12.

10. Bubaque Bijagós, 9.

11. Estrela Negra de Bissau, 8.

12. Cavalos Brancos de Cuntum, 7.

13. Portos de Bissau, 5.

14. Bolama, 4.

Programa da 10.ª jornada (a 21 e 22 de março):

Bubaque Bijagós - Lagartos de Bambadinca.

Canchungo -- Sporting.

Cavalos Brancos de Cuntum -- Benfica.

Portos de Bissau - Estrela Negra de Bissau.

Sporting de Bafatá - Nuno Tristão de Bula.

São Domingos - Balantas de Mansoa.

Bolama -- UDIB.

Banco Mundial financia Guiné-Bissau com 73 milhões para instalar rede alta tensão

A Guiné-Bissau vai receber um financiamento de 78 milhões de dólares (73 milhões de euros) do Banco Mundial para instalar uma rede de energia elétrica de alta tensão, anunciou hoje o Ministério dos Recursos Naturais guineense.
Banco Mundial financia Guiné-Bissau com 73 milhões para instalar alta tensão
Depois de uma "reunião de negociações com o Banco Mundial em Paris, entre 09 e 13 de março", ficou definido que "a Guiné-Bissau vai beneficiar de 78 milhões de dólares" no quadro da Organização para o Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG, na sigla francesa), refere um comunicado do Ministério.

A verba é destinada à "gestão dos trabalhos de construção de 218 quilómetros de rede de transporte de energia de alta tensão" e de "dois postos de transformação em locais estratégicos de distribuição, Saltinho e Bambadinca".

Está ainda previsto que o dinheiro sirva para financiar "a gestão da problemática ambiental e de prováveis indemnizações sobre o traçado da linha" no território guineense, refere o comunicado.

A concretização do projeto deverá passar agora pelos concursos para obras e permitirá aproveitar a eletricidade que será produzida a partir deste ano na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, uma das peças do aproveitamento energético no âmbito da OMVG.

Em pleno funcionamento, a barragem de Kaleta irá produzir cerca de 900 gigawatts/hora por ano.

A partir deste ano, com uma turbina, estarão já disponíveis 200 megawatts de energia pronta a ser consumida nos quatro países da OMVG (Guiné-Bissau, Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri).

Ao mesmo tempo deverá avançar a construção da segunda barragem no quadro da OMVG em Sambangalou (no Senegal).

Com as duas infraestruturas em funcionamento e com os cabos de interconexão ligados, o Governo estima que a Guiné-Bissau tenha 40 por cento das suas necessidades energéticas resolvidas.

Japão atribui donativo de 1,5 milhões de euros à Guiné-Bissau

O Japão anunciou a atribuição de um donativo de mil milhões de francos CFA (1,5 milhões de euros) à Guiné-Bissau como reconhecimento "pelas iniciativas encorajadoras" em curso no país, afirmou Yuji Kubo, diplomata nipónico.

Yuji Kubo, encarregado de negócios da embaixada do Japão no Senegal, que abrange também a Guiné-Bissau, encontra-se na capital guineense em visita de trabalho.

"Estou contente por visitar o vosso país e assinar com o secretário de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades um acordo relativo ao donativo em projeto no valor de 200 milhões de ienes, cerca de mil milhões de francos CFA", afirmou Kubo.

O diplomata salientou que a ajuda japonesa, não reembolsável, testemunha a vontade do Governo de Tóquio em "reforçar as iniciativas encorajadoras encetadas pelas autoridades da Guiné-Bissau" com vista ao desenvolvimento do país.

A forma como decorreram as eleições gerais do último ano e os esforços para reconstrução e devolução da credibilidade internacional ao país, são elementos que para o governo nipónico merecem ser saudados e apoiados, frisou Yuji Kubo.

"A realização de uma mesa redonda é a prova dessa vontade de retoma sócio económica", disse ainda o diplomata japonês, referindo-se ao encontro com os doadores e parceiros da Guiné-Bissau no dia 25 em Bruxelas, na Bélgica.

Em nome do Governo guineense, o secretário de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades, Idelfrides Fernandes, prometeu dar "um bom uso" ao apoio japonês que agradeceu "profundamente".

MB // JMR

Lusa

Governo da Guiné-Bissau lança portal na Internet

nullO Governo da Guiné-Bissau apresentou hoje publicamente o seu portal na Internet com o qual pretende estar "mais próximo dos cidadãos e dos investidores", disse o porta-voz do executivo, Baciro Djá.

Na cerimónia de apresentação do portal, realizada no Palácio do Governo, estiveram presentes o primeiro-ministro e vários membros do Executivo guineense, representantes do corpo diplomático e de organismos internacionais e representantes da sociedade civil.

"Tornou-se evidente que a aliança entre as novas tecnologias e a globalização impõem que os governos e instituições públicas estejam em contacto permanente com o país e com o mundo", disse Baciro Djá, que é também ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.

Para Baciro Djá, a população, as empresas, os investidores, os organismos não-governamentais devem cada vez mais ter informação atualizada, fidedigna e dinâmica, daí a importância do portal do Governo.

Por sua vez, o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, que assistiu ao lançamento do portal do Governo na qualidade de convidado, elogiou o trabalho do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, considerando-o um primeiro passo rumo ao "desafio da governação eletrónica" na Guiné-Bissau.

"Hoje, quem não está na Internet não existe, por isso, temos que ser capazes de colmatar essa deficiência", destacou Domingos Simões Pereira.

A página do executivo na internet (www.gov.gw) tem uma entrada com um sumário geral, a composição do Governo com o currículo de cada membro, o programa de governação e uma apresentação da Guiné-Bissau em várias vertentes.

As informações do portal do Governo guineense estão escritas em português, francês e inglês.

Na cerimónia de hoje, foi também apresentado um outro portal (www.teraranka.gov.gw) contendo informações sobre a visão de desenvolvimento do país para os próximos 10 anos e o respetivo plano operacional, dois documentos a serem revelados aos parceiros e doadores na mesa redonda de dia 25 em Bruxelas, Bélgica.

MB // EL

Lusa

Cinco marinheiros da Guiné-Bissau vivem em condições sub-humanas na Guiné Equatorial - ONG

Bissau, (Lusa) - Cinco marinheiros da Guiné-Bissau estão a viver em condições sub-humanas na Guiné Equatorial depois de terem sido abandonados pelo armador, denunciou hoje uma organização não-governamental (ONG) em Bissau.


Resultado de imagem para associação dos Amigos dos Homens do Mar (Ahomar
"Os marinheiros querem ajuda para ter bilhetes de avião e regressarem a casa", referiu Januário Biague, secretário-geral da associação dos Amigos dos Homens do Mar (Airhomar), em conferência de imprensa.

Os marinheiros foram contratados para os barcos de pesca Galaxia Dos e Vicmar Un da empresa Globalpesca, de capitais mistos espanhóis e da Guiné-Equatorial, mas há 20 meses que as embarcações estão paradas no porto de Luba devido a "problemas internos" da empresa, refere uma nota da embaixada espanhola em Malabo.

Ministério da Saúde declara surto de sarampo com 11 crianças infetadas

O Ministério da Saúde da Guiné-Bissau anunciou hoje que existe um surto de sarampo no país, com 11 crianças infetadas em três regiões diferentes.
Ministério da Saúde declara surto de sarampo com 11 crianças infetadas


"Queremos alertar a população" para o "surto de sarampo", referiu a ministra da Saúde, Valentina Mendes, numa declaração aos jornalistas no seu gabinete, em Bissau.

"Os pais e encarregados de educação que tenham crianças com sintomas, devem levá-las ao posto sanitário mais próximo ou a um hospital", apelou a governante.

Os primeiros sinais de Sarampo são febre alta, tosse rouca e persistente, nariz congestionado e conjuntivite.

Mais tarde surgem manchas na boca e na pele de todo o corpo.

Os 11 casos de Sarampo já detetados foram confirmados através de análises ao sangue realizadas no Laboratório Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau, depois de surgirem os primeiros sinais suspeitos nalgumas crianças.

De acordo com os dados do Ministério, há sete casos no setor de Bafatá (centro do país), dois em Bissau, dois em Tombali (Sul) e um em Cacheu (Norte).

Há pelo menos cinco anos que não eram registados casos de Sarampo na Guiné-Bissau, acrescentou a ministra da Saúde.

Para já, para enfrentar a doença, o Ministério lanço o apelo à vigilância face aos sintomas e recomenda o transporte imediato para uma unidade de saúde, caso surjam.

Embaixador China considera "entendimentos internos" na Guiné-Bissau mais importantes do que mesa redonda

A China quer ver reforçados os "entendimentos internos" na Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa o embaixador chinês em Bissau, Wang Hua.

O diplomata falava a propósito da participação da China na mesa redonda de doadores da Guiné-Bissau a 25 de março, em Bruxelas, que considerou "muito importante", mas destacou ser "ainda mais importante" os "entendimentos internos".

As declarações foram feitas à margem de um encontro promovido pelo primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, com os diplomatas e representantes de organismos internacionais sedeados no país para lhes explicar dos propósitos da mesa redonda.

Wang Hua não estará presente, mas referiu que "uma equipa forte" partirá de Pequim para participar no encontro promovido pelo governo guineense para apresentar aos parceiros o plano de desenvolvimento do país para o período 2015-2025.

"A China, como amiga da Guiné-Bissau, vai estar presente com uma equipa forte. Eu vou ficar aqui em Bissau fazendo o meu trabalho", salientou o embaixador Wang Hua.

O diplomata considera "ainda mais importante" os "entendimentos internos, a unidade e a estabilidade interna no país".

Wang Hua disse ser "absolutamente determinante" manter a estabilidade para que o país possa ter "apoios de muitos amigos", entre os quais, frisou, a própria China.

terça-feira, 17 de março de 2015

Guiné-Bissau leva 60 pessoas de vários setores para mesa redonda de doadores em Bruxelas

Resultado de imagem para Guiné-Bissau leva 60 pessoas de vários setores para mesa redonda de doadores em BruxelasA comitiva guineense para a mesa redonda de doadores a ter lugar em Bruxelas, no dia 25, inclui cerca de 60 pessoas, entre governantes, políticos, representantes do setor privado e convidados, adiantou à Lusa fonte governamental.

O primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, lidera o grupo e viaja com outros seis membros do Executivo.

A comitiva integra também o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, que já anunciou a intenção de levar consigo os líderes dos quatro grupos parlamentares da Assembleia Nacional Popular (ANP), "como forma de mostrar a unidade do país à volta das propostas do Governo".

Alberto Nambeia, líder do Partido da Renovação Social (PRS), principal forca política da oposição parlamentar, também deve ir à mesa redonda, convidado pelo primeiro-ministro - Domingos Simões Pereira é também presidente do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde, (PAIGC, no poder).

As despesas de viagem devem ser assumidas pelo governo guineense e pela União Europeia (UE), acrescentou a mesma fonte governamental, referindo que o primeiro-ministro quer cortar na delegação oficial.

A título de exemplo, refere que chegou a estar prevista a participação de 14 ministros, mas "o primeiro-ministro teve que cortar metade da delegação".

Domingos Simões Pereira "está preocupado com as despesas e a imagem", que uma delegação oficial numerosa poderá transmitir aos parceiros, notou a fonte.

A delegação guineense deve partir de Bissau na sexta-feira num voo direto para Portugal, devendo permanecer em Lisboa até domingo, dia em que segue para Bruxelas.

O regresso a Bissau está previsto para dia 28.

MB // EL

Lusa